Versão Moderna do Sermão do Monte – II

Compilação baseada no Cap.49 – Preparação Familiar, Livro: Lázaro Redivivo, Humberto de Campos e Chico Xavier, FEB, 1945.

Tema Principal – Versão Moderna do Sermão do Monte

O problema familiar, por mais que se procure fugir da responsabilidade direta, constituirá sempre uma das questões fundamentais da felicidade humana.

A morte não apaga as recordações da vida em família → os laços menos dignos se encerram na sombra do sepulcro ↔ noventa por cento dos matrimônios infelizes pela ausência da afinidade espiritual, se extinguem com a morte, que libertará a vítima dos grilhões e dos algozes → os maridos agressivos e as esposas ciumentas, que desprezaram o vínculo familiar, se preparem para longe da carne, viverem longo período de isolamento e separação, onde no máximo receberão os serviços educativos em seu próprio favor.

A morte seria um suplício terrível se mantivesse as algemas terrestres naqueles que tudo fizeram para tolerar a tirania, o egoísmo, as agressões, o ciúme, etc → existem, no mundo espiritual, castelos sublimes para os que se amaram com os valores da alma e preservaram o ideal de servir em família ↔ contudo, existem também os precipícios escuros, por onde descem os revoltados, que não terão mais como oprimir e martirizar os corações devotados e sensíveis que lhe rodeavam na Terra.

Deus não é Deus dos Mortos e sim dos Vivos, assim como não é Deus de Condenados. Deus, de acordo com as afinidades no mundo espiritual, colocou no casal a missão educativa da criação e da educação dos filhos → os Pais devem sentir as responsabilidades e emoções, com elevado júbilo, ao receberem o rebento do seu amor no Lar, contudo eliminando o carinho inoportuno e esterilizante através de ações edificantes e espiritualistas → os filhos não são almas criadas a partir da união do casal, e sim são antigos companheiros de lutas espirituais, a quem devemos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias e carinhos por créditos em eras passadas ↔ o Instituto da Família é cadinho sublime de purificação e o esquecimento desta verdade custa-nos alto preço na vida espiritual, que é a verdadeira vida ↔ é lamentável o estado do Espírito ao regressar ao mundo real sem ter conseguido dar conta das suas obrigações paternais e maternais. Não valem mais os prantos e lamentações, devendo-se aguardar o tempo da misericórdia, para futuras reencarnações, já que o tempo de serviço foi menosprezado.

Pais e mães terrestres, preocupem-se em não envenenar os corações dos seus filhinhos com relação aos direitos dos estudos, dos deveres e dos trabalhos de toda e qualquer espécie. Aniquilem o egoísmo afetuoso que os cega, evitando cavar um abismo para o futuro da criança.

“Bem-aventurados os pais pobres de recursos financeiros ou de renome, que não tolhem a iniciativa própria dos filhos nos caminhos da edificação terrestre”.

“Bem-aventurados os pais que ensinam, através do trabalho áspero e duro, de decepções e dificuldades, aos rebentos do seu Lar, os quais são irmãos dos trabalhadores anônimos do mundo, dos humildes, dos calejados, de modo a construir-lhes a ventura em bases sólidas”.

“Bem-aventurados os pais formadores dos corações fortes na Fé e no Trabalho, não deixando que seus rebentos venham a perverter o cérebro nas vaidades, fantasias e futilidades do mundo”.

→ Estes pais ao deixarem o veículo carnal, podem abandonar a Terra com tranquilidade, pois serão recompensados pelo Eterno.

“Mal-aventurados os pais ricos de bagagens mundanas, que desfiguram a alma dos filhos, impondo-lhes mentirosa superioridade pelos artificialismos da instrução superficial”.

“Mal-aventurados os pais com excessos de uma falsa ternura, que induzem nos seus rebentos concepções prejudiciais acerca do mundo e da vida”.

→ Estes tipos de pais devem esperar por contas escabrosas da Justiça Divina, porque tentaram enganar

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