VII – Os Sagrados Orixás Segundo a Ótica do Espiritismo
VII.1 – Os Significados dos Nomes dos Orixás
O Caboclo Sete Espadas de Ogum define no Livro “Umbanda, A Protossíntese Cósmica – F.Rivas Neto, Editora Pensamento – Cultrix – 1989”, que os significados dos nomes dos Orixás são as seguintes:
- Yemanjá: Ye → Mãe, Princípio Gerante; Man → O Mar, A Água, Lei das Almas; Yá → Matriz, Maternidade. Portanto Yemanjá significa “A Senhora da Vida”
- Orixá: Ori → Dono da Cabeça, Força da Cabeça; Xá → Luz da Cabeça. Deste modo a palavra Orixá significa “Dono da Cabeça” ou “Dono da Luz da Cabeça”
- Oxalá (ou Orixalá): Ori → Luz, Reflexo; Xa → Senhor, Fogo; Lá → Deus, Divino. Portanto Oxalá significa “O Reflexo da Luz do Senhor Deus”
- Yemanjá: Ye → Mãe, Princípio Gerante; Man → O Mar, A Água, Lei das Almas; Yá → Matriz, Maternidade. Portanto Yemanjá significa “A Senhora da Vida”
- Xangô: Xa → Senhor, Dirigente; Angô → Raio, Alma. Portanto Xangô significa “O Senhor Dirigente das Almas”
- Ogum: Og → Glória, Salvação; Aum → Fogo, Guerreiro. Portanto Ogum significa “O Guerreiro Cósmico Pacificador” ou o ‘O Fogo da Glória”
- Oxossi: Ox → Ação ou Movimento; O → Círculo; Ssi → Viventes da Terra. Portanto Oxossi significa “A Potência que Doutrina” ou o “O Catequizador de Almas”
- Yori: Yo → Potência, Ordem, Princípio; Ri → Reinar, Iluminado; Ori → Luz, Esplendor. Portanto Yori significa a “Potência dos Puros ou da Pureza”
- Yorimá: Yo → Potência, Ordem, Princípio; Ri → Reinar, Iluminado; Má → Lei, Regra. Portanto Yorimá significa o “Princípio ou Potência Real da Lei”
O Caboclo Sete Espadas de Ogum, da Linha da Umbanda Esotérica, também define que os Caboclos vibram nas linhas de Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô e Yemanjá. Os Caboclos representam uma Linha de Trabalho na Umbanda, na qual vibram com muita energia e se apresentam com o Arquétipo de Indígenas. Os Pretos Velhos vibram apenas na Linha de Yorimá. Os Pretos Velhos retratam uma Linha de Trabalho na Umbanda, na qual se apresentam com o Arquétipo dos Africanos, escravizados no Brasil. São considerados Espíritos purificadas, sábios, ternos e pacientes, dando o exemplo do amor, a fé e a esperança aos “seus filhos”.
Crianças, ou Ibejis, vibram apenas na Linha de Yori e são Espíritos Sábios e Puros que incorporam em Médiuns trazendo nomes infantis. Caracterizam uma criança na forma de falar, nos gestos, na inocência das brincadeiras, transmitindo muita alegria na maioria das vezes. São representados em imagem tripla (Cosme, Damião e Doum) ou sincretizados na imagem dos santos gêmeos São Cosme e São Damião. Reza a tradição que Doum era auxiliar dos dois médicos, e que assumiu a função deles após o martírio dos mesmos.

Fig.11 – Os Orixás e suas Atribuições

Fig.12 – Imagens para a Linha dos Cosminhos

Fig.13 – Imagens para os Pretos Velhos
Segundo Pai João de Angola, os Espíritos que escolhem o “Arquétipo” desejado para se manifestar, passam por uma série de Cursos, no Mundo Espiritual, em diversas Unidades Específicas para este tipo de Arquétipo. Com as “Lições” e os “Cursos” realizados, este tipo de Espírito vai se aperfeiçoando, e crescendo, em Luz, Amor, Humildade, Sabedoria, Manipulações e Transformações de Padrões Energéticos. Após tudo isto, o Espírito, com a sua Sabedoria adquirida ao longo de milênios e que continua intacta, pode se manifestar neste tipo de Arquétipo, porém continuando a estudar para que não estacione. A Fig.11 ilustra os Orixás e suas Atribuições, a Fig.12 mostra as Imagens para a Linha dos Cosminhos e a Fig.13 retrata as Imagens para os Pretos Velhos.
VII.2 – Os Sete Raios ou Regências dos Orixás de Umbanda
Os “Sete Raios ou Regências” dos Orixás de Umbanda, comandantes das energias criadoras estão mostrados na Tabela abaixo. Os Orixás são mantenedores e transformadores dos elementos da natureza, tendo sob seus comandos Legiões de Espíritos de várias vibrações evolutivas dentro de seu Raio. Eles realizam o milagre da vida e distribuem essa energia no Campo da Magia, para os locais que delas necessitam, para ajuda e fortalecimento dos Espíritos encarnados e desencarnados → Não confundir os “Sete Raios” com as “Sete Linhas” da Umbanda, pois são Conceitos diferentes.
A relação de cada Orixá com os elementos da Natureza está mostrada na Tabela abaixo.

VII.3 – Um Resumo das Características dos Orixás
O Caboclo Sete Espadas de Ogum, no Livro “Umbanda, A Protossíntese Cósmica – F.Rivas Neto, Editora Pensamento – Cultrix – 1989”, define que no plano terrestre existem os Orixás Ancestrais, que são os Arquitetos Siderais (Devas na literatura do povo Indiano), e que vieram com Jesus, o Governador Planetário da Terra, para a construção da mesma há 4,5 bilhões de anos atrás.
São Orixás Ancestrais porque na verdade são os genitores de Ordem Astral dos Homens no planeta Terra. Surgem então os Orixás Regentes (Cabeças) de Linha que são: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Yorimá, Yori e Yemanjá.
Sendo que cada Orixá tem as suas Qualidades como especificadas abaixo:
- Oxalá – Evolução espiritual, amadurecimento, fortaleza moral.
- Yemanjá – O afetivo, o amor, sentimento.
- Yori (Ibeji) – Felicidade, alegria, surpresa.
- Oxum – Alegria, riqueza (herança), filhos.
- Xangô – Justiça, situação financeira, sabedoria.
- Oyá – Sexualidade, persistência, irritação (eguns – trabalhos negativos ou obsessão).
- Ogum – Vitórias, lutas, energia.
- Obá – Caráter (guerreiro, briguento), força moral, velhice.
- Oxóssi – Mediunidade, prosperidade, fartura.
- Ossaim – Ervas medicinais, doenças físicas e astrais, mediunidade negativa.
- Yorimá (Obaluayê) – Paciência, humildade, vida e morte.
- Nanã – Velhice, experiência.
VII.4 – Os Orixás e as suas Hierarquias
Todos os Orixás Ancestrais são subordinados à Cristo Jesus que é o Governador Planetário da Terra.
A cada grau, como mostrada na Tabela a seguir, a hierarquia vai descendo e a quantidade de Entidades vai se multiplicando por sete, pois cada Entidade, dentro de sua hierarquia delega ordenações para mais sete, e assim sucessivamente como mostrado nesta Tabela.
Os Orixás Ancestrais são os conhecidos atualmente na Umbanda.
Cada Orixá Maior comanda a Sete Orixás Adjuntos (primeiro grau) e cada um destes comanda mais Sete Intermediadores ou Regentes de Nível ( segundo grau ). Abaixo destes estão os Orixás Naturais (terceiro grau), e assim sucessivamente como mostrado na Tabela abaixo, para outros graus e suas respectivas denominações.

Não há nos Trabalhos na Tenda de Umbanda um trabalho direto com os Orixás e sim com as Entidades que são retratadas como os Espíritos Guias, associado a um dado Orixá, através dos seus vários Arquétipos como Pretos Velhos, Índios, Pajés, Caboclos, Ciganos, Marinheiros, Baianos, etc → Deste modo não tem sentido de se falar em incorporação de um Orixá no Médium e sim dos Arquétipos que são vinculados a um dado Orixá.
VII.5 – Os Orixás Ancestrais e o Sincretismo
No Brasil Colonial da era da cana de açúcar, os Irmãos Africanos, trazidos como escravos da Mãe África, somente podiam cultuar os seus Orixás se os associassem a um Santo da Igreja Católica, fazendo deste modo um Sincretismo Reliogioso.
Resumidamente temos o seguinte Sincretismo:
Omolu → São Lázaro, Ogum → São Jorge, Oxossi → São Sebastião, Xangô → São Jerônimo, Iemanjá → Nossa Senhora dos Navegantes, Oxum → Nossa Senhora Aparecida e Iansã → Santa Bárbara.
VII.6 – A Primeira Possível Origem para os Orixás
P 312 –Livro “O Consolador”- Como interpretar a afirmativa de João: “Três são os que fornecem testemunho no Céu: O Pai, o Verbo e o Espírito Santo”
– João referia-se ao Criador (Deus), a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à Legião dos Espíritos Redimidos e Santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus → possivelmente estes Espíritos sejam os Orixás, que podem ser inclusive não um Espírito individual propriamente dito, mas uma Legião de Espíritos de acordo com o respectivo Trono Divino → Podem ser Espíritos oriundos de outros Orbes Planetários como Sírius, Órion e Capela → não confundir Orixás com as Linhas de Umbanda, pois são conceitos diferentes.
VII.7 – A Segunda Possível Origem para os Orixás
A Ação dos Espíritos nos Fenômenos da Natureza- “Livro dos Espíritos”
Os Espíritos da Natureza são os agentes de todos os movimentos relacionados com ela, por ordem de Deus. Eles sabem o que fazer ante as necessidades humanas, e mesmo da própria natureza → Espíritos da Natureza são os próprios Orixás além dos Elementais.
Deus não exerce ação direta na matéria, mas pelos canais dos Seus Agentes, que são os Espíritos, aos quais podes chamar Engenheiros Siderais/ Devas → Orixás, ou como queiras chamá-los, desde que as
designações sejam referentes a Espíritos de alta linhagem, que tudo conhecem com precisão, o que lhes possibilita dominar completamente a natureza.
As Divisões da Natureza são diversas, e cada Divisão existe como Departamento, dirigido por Espíritos Angélicos, que as comandam e fazem com que trabalhem Outros Agentes Intermediários, de menor nível espiritual, para a paz do Universo.
A Mitologia dos Antigos se fundava inteiramente em Ideias Espíritas, com a única diferença de que consideravam os Espíritos como Divindades. Representavam esses Deuses ou esses Espíritos com atribuições especiais. Assim, uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir ao fenômeno da vegetação, etc. Semelhante crença é totalmente destituída de fundamento?
Certamente que não existem “Deuses”. Os Antigos classificavam os Espíritos Agentes de Deus como sendo “Deuses Menores”, por não compreenderem as Leis do Senhor manifestando-se em tudo e garantindo a vida por onde quer que seja → Deuses Egípcios e os Orixás Africanos.
O falar dos Antigos, partindo dos próprios Sábios, tem fundamentos da verdade, porque a natureza, por sua vez, não se encontra sem amparo. Em todos os seus aspectos existem Espíritos altamente evoluídos e sendo coadjuvados por forças maiores, ajudados por Agentes Menores na restauração da vida, sob as bençãos do Criador.
O que os homens do passado achavam que eram “Deuses”, tornamos a dizer, eram Espíritos de Alto Porte Espiritual → Deuses Egípcios/Orixás Africanos/Devas → encarregados de orientar outros Espíritos Menores, inclusive os do tipo Elementais na execução dos trabalhos na natureza. Alguns dos Teólogos Naturais (possívelmente Sacerdotes dos Antigos Cultos Religiosos) que os viram, possuídos da Terceira Visão, os classificaram como sendo “Deuses”, na função de preservar a natureza. O progresso, contudo, tem a capacidade de corrigir equívocos, mostrando verdades mais acentuadas para os que se encontram preparados para tal.
Hoje, por meio da Mediunidade que o Espiritismo educa, podem-se observar esses chamados “Deuses” se comunicando com os homens a dizer uma verdade mais limpa do que antes, e no amanhã deverás receber revelações mais avançadas que as de hoje → Portanto os Orixás não são Energias e sim Entidades Espirituais de Elevado Padrão Espiritual, os quais por causa disto, não podem ser incorporados pelos Médiuns → ainda de “1 João 5:7-8”, como já comentado, Jesus trouxe Espíritos de Elevado Nível de outros Orbes planetários para os trabalhos inicias da fixação dos caracteres físicos, químicos, Biológicos, etc, no Planeta Terra, os quais, possivelmente, sejam os Orixás ou os Deuses/ Divindades Egípcias e Africanas/Devas.
Nota 1 – Os Elementais
Paracelso no séulo XVI afirmava que o homem possuía um Corpo Elementar (Físico), um Espírito Sideral (Períspirito) e uma Alma Imortal (Mental Superior/Corpo Búdico/Átmico). Os Elementais não possuem o “Corpo Superior”, e portanto não podem ser considerados como um Espírito propriamente dito. Devem ser denominados de Entidades Espirituais ligado a Natureza → por não possuírem a parte superior do Corpo Espiritual não conseguem ter a consciência do Livre-Arbítrio, e por isto não tem consciência se estão fazendo o Bem ou o Mal. Nas suas atividades normais são orientados por Espíritos Superiores Especializados nos Fenômenos da Natureza, porém podem também ser controlados por Magos Negros, ou mesmo por Médiuns, para trabalhos para o Mal.
Os Seres Elementais, irmãos nossos na criação Divina, têm uma espécie de consciência instintiva, pois a sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se agrupam em famílias. Através dos Elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a Ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na Doutrina Gnóstica se diz que dentro de cada Elemental, não importa seu grau evolutivo, dentro do Reino Elemental, possui uma Essência Espiritual, uma Chispa Divina, essencialmente Divina quanto a Essência Humana → o Gnosticismo designa um conjunto de crenças de natureza filosófica e religiosa, cujo princípio básico assenta-se na ideia de que há em cada homem uma essência imortal que transcende o próprio homem.
VII.8- A Terceira Possível Origem para os Orixás – As Palavras de Emmanuel, do Vô Gastão e do Pai Benedito da Aruanda
Emmanuel
Nos Mapas Zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma grande Estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico Sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado.
Há muitos milênios, um dos Orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.
As Grandes Comunidades Espirituais, Diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no Mal, aqui na Terra longínqua, onde iriam aprender a realizar, pela dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso → Vide Anexo III – Dados Adicionais Sobre a Terra, para maiores detalhes sobre esta cronologia de eventos.
– Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a Civilização Egípcia foram os que mais se destacavam na prática do Bem e no culto da Verdade. Aliás, importa considerar que eram eles os que menos débitos possuíam perante o Tribunal da Justiça Divina.
Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas.
Em nenhuma civilização da Terra o “Culto da Morte” foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos.
Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do Antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas Pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.
– Os Sábios Sacerdotes Egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das “Grandes Revelações Espirituais” naquela fase do progresso terrestre; chegando de um Mundo (Sistema de Capela) de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais vivas recordações, os Sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a Humanidade terrestre teria de realizar. Aí residem os Mistérios Iniciáticos e a essencial importância que lhes era atribuída no ambiente dos Sábios daquele tempo.
Nos Círculos Esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos Grandes Mestres de então, sabia-se da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os Sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos de Jesus (Orixás), na execução de todas as Leis Físicas e Sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências anteriores.
Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia do Politeísta Simbólico, ou Henoteísmo, dos numerosos Deuses, que seriam os Senhores da Terra e do Céu, do Homem e da Natureza → Possível origem dos Orixás.
Os seus elevados Sacerdotes repassaram para os outros *Povos Africanos, mais atrasados, o conceito de um “Deus Central”, sendo auxiliado por vários “Deuses” no controle de tudo o que existe na Terra. As “Massas” requeriam esse Politeísmo Simbólico, nas grandes festividades exteriores da religião.
Já os Sacerdotes da época conheciam essa fraqueza das Almas Jovens, de todos os tempos, satisfazendo-as com as expressões esotéricas simplificadas de suas lições sublimadas.
Dessa ideia de homenagear as “Forças Invisíveis” que controlam os “Fenômenos Naturais”, classificando-as para o Espírito das Massas, na categoria dos Deuses, é que nasceu a Mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato permanente com a Natureza (Divindades Egípcias – Orixás Africanos).
Um dos traços essenciais desse grande povo foi a preocupação insistente e constante da Morte. A sua vida era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e afrescos estão cheios dos consoladores mistérios do além-túmulo. Era natural. O grande povo dos Faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do mundo terreno.
A Metempsicose era o fruto da sua amarga impressão, a respeito do exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre. Inventou-se, desse modo, uma série de rituais e cerimônias para solenizar o regresso dos seus Irmãos à Pátria Espiritual → Os mistérios de Ísis e Osíris mais não eram que “Símbolos das Forças Espirituais que presidem aos Fenômenos da Morte”.
Livro “A Caminho da Luz” – Emmanuel e Chico Xavier.
Vô Gastão
O Preto Velho, Vô Gastão, da TUAC (Tenda de Umbanda Amor e Caridade, Pedralva, MG), que foi um Sacerdote no Antigo Egito, afirma que as Entidades Espirituais, tanto envolvidas na Teologia Egípcia quanto na Teologia Iorubá, são as mesmas.
Pai Benedito de Aruanda
Pai Benedito de Aruanda, Preto Velho que atua na Linha da Umbanda Sagrada, afirma que existem “Divindades Espirituais” que são os Orixás (vide as definições dadas anteriores), os quais são os responsáveis pelas evoluções dos vários tipos de espécies, inclusive a dos Seres Humanos, e que controlam todos os “Pontos de Força” e as suas Energias correspondentes.
Afirma também que em eras remotas, todos os Humanos os viam com o ”Terceiro Olho”, de modo mediúnico através da “Clarividência”, quando o planeta Terra era quase tão povoado como atualmente, que não havia “Religiões” e o Culto à Deus, nosso Pai Amoroso e Misericordioso, era feito de um único modo, ao ar livre e fora dos Templos de Pedra erguidos por mãos humanas.
Nestas “Celebrações”, os Guias Espirituais, responsáveis por estes Cultos, viam as “Entidades Espirituais”, tanto os Orixás Regentes (Cabeças) das Linhas da Umbanda quanto a sua Corte composta de Orixás Auxiliares (do primeiro ao terceiro Grau). Durante estes Cultos, os Orixás Regentes se manifestavam com uma policromia de luzes tão intensa e com mais de 77 tonalidades, os quais irradiavam as Energias com elevada intensidade para os Humanos, atingindo-os e curando-os a todos.
Os Sacerdotes, do plano físico, exerciam as funções de Magos Brancos para a Abertura e Fechamento dos Cultos os quais eram realizados ao ar livre, fora dos Templos de Pedra, em locais específicos como:
- Nos campos abertos
- No alto das Pedreiras
- No alto das Cachoeiras
- Na beira dos Lagos
- Na beira do mar
- Nos bosques
Estes locais são denominados de “Pontos de Força Energéticos” e são enormes “Vórtices de Energia”, enviando, assim como recebendo, estas Energias em todas as Esferas Espirituais e Dimensões no planeta Terra. São também Vórtices de Energia captadores das Energias ofertadas nas “Oferendas”deixadas nestes locais, transmutando e irradiando estas Energias do Plano Físico para as Energias no Plano Etérico.
Ainda segundo Pai Benedito de Aruanda, durantes os Cultos nos quais os Orixás Regentes das Linhas da Umbanda se manifestavam, era possível ver os Orixás Auxiliares (do primeiro ao terceiro Grau) se agrupando à direita e à esquerda dos Orixás Regentes ( Cabeças ) de Linha. Os da Direita cuidavam das Energias ou Magnetismo, Positivo, enquanto os da esquerda cuidavam das Energias ou Magnetismo, Negativo. Estas Energias, ou Magnetismo, podem ser dos seguintes tipos de acordo com o seu respectivo meio formador do planeta Terra:
- Água – Magnetismo Positivo
- Ar – Magnetismo Negativo
- Terra – Magnetismo Positivo
- Fogo – Magnetismo Negativo
- Vegetal – Magnetismo Neutro
- Cristal – Dual (Magnetismo Positivo e Negativo)
- Mineral – Misto (Magnetismo Positivo, Negativo e Neutro)
Somente os Humanos, “Equlibrados Energeticamente”, podem servir aos Orixás, pois podem adentrar nos Reinos, ou Dimensões, dos tipos Aquáticas, Aéreas,Terra, Ígneas, Vegetais, Cristalinos ou Minerais. Os Humanos, “Desequlibrados Energeticamente”, e com Magnetismo Negativo, e que são automaticamente incapazes de evoluirem em direção a “Grande Luz”serão atraídos naturalmente pelos Orixás Auxiliares da”Esquerda” dos Orixás Regentes (Cabeças) de Linha, para esgotarem estas Enegias Negativas, sejam elas do tipo Mental, Emocional e/ou de Outros Tipos, e conseguirem retomar o seu próprio caminho evolutivo.
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