Compilação baseada, de modo resumido, no Cap.48, Renascer e Remorrer, do Livro” Espírito da Verdade “, Emmanuel, André Luiz e Outros, FEB, 1961.
Tema Principal – Ensinamentos Espíritas
No trajeto multimilenário de nossas existências e experiências, aprendemos, entre sucessivas vidas, a alegria de viver, descobrindo e reconhecendo a necessidade e a compensação do sofrimento, sempre forjado por nossas próprias faltas.
Já renascemos e remorremos milhões de vezes, contraindo e saldando obrigações, assinalando a excelsitude da Providência Divina e o valor inapreciável da humildade, para saber, enfim, que toda revolta humana é absurda e impotente.
Nas lutas de burilamento moral (trabalhar qualquer coisa com cuidado, retocar, tornar algo mais requintado, mais fino moralmente) a ação do amor é infinita na solução de todos os problemas e na mediação de todas as dores. Toleras, pois, com paciência e humildade, sem murmurações ou azedumes, as provas de agora, que são transitórias e curtas, para que te rejubiles amanhã → nos compromissos espirituais encontramos a solvibilidade as nossas próprias faltas e falhas através do esforço próprio na direção da Luz Divina.
Aproveitemos a benção da dor na amortização dos débitos seculares que nos ferreteiam as almas, perseverando resignadamente no posto de sentinelas do bem, até que a misericórdia do Altíssimo mande render-nos.
Sempre trazemos dívidas de lágrimas uns para com os outros, principalmente junto aos irmãos com os quais a tua vida se entrecorta a cada instante, legando, por testamento e fortuna, atos de amor e exemplos de fé no fortalecimento dos espíritos dos amigos e descendentes.
Se há facilidades para remorrer, há dificuldades para renascer. As portas do cemitério jamais se fecham, contudo as portas da reencarnação só se abrem com a senha do mérito haurido nas ações incessantes da caridade ↔ as dores iguais criam os ideais semelhantes, de modo que temos que nos auxiliar mutuamente, sempre.
O Evangelho, que é o livro de luz da evolução humana, é o nosso apoio. Busquemos, apesar dos nossos clamorosos erros tanto em vidas passadas quanto na atual, seguir o exemplo de Jesus, tomando como base o seu calvário de sofrimento e dores, que nunca murmurou e aceitou humildemente as determinações do Pai.
O Testemunho de Jesus, o Divino Mestre Jesus é enfático com relação a cada um carregar a sua própria cruz:
João, a minha soledade do Horto é também um ensinamento do Evangelho e uma exemplificação, significando que, para quantos vierem em nossos passos, que cada Espírito na Terra tem que acender sozinho ao calvário de sua redenção, muitas vezes com a despreocupação dos entes mais amados do mundo. Em face desta lição, o discípulo do futuro compreenderá que a sua marcha tem que ser solitária, uma vez que seus familiares e companheiros de confiança se entregam ao sono da indiferença. Doravante, pois, aprendendo a necessidade do valor individual no testemunho, nunca deixes de orar e vigiar. É importante observar que cada criatura tem o seu instante de testemunho no caminho de redenção da existência, devendo vigiar o Espírito ao longo deste caminho, visando a aproveitar todas as oportunidades de iluminação interior, em sua marcha para o Pai ↔ Cap. 27, A Oração no Horto, Livro” Boa Nova”, FEB, 1941.
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