Quando Judas, obcecado pela ambição, procurou avistar-se com Caifás, no Sinédrio, trazia a cabeça incendiada de sonhos fan-tásticos.
Amava o Mestre, pensava, presunçoso, entretanto, competia-lhe cuidar dos interesses dele. A validade absorvia-o. A paixão pelas riquezas transitórias empolgava-lhe o Espírito.
Despreocupado das necessidades próprias, intentava resolver os problemas do Senhor, perante as forças políticas do tempo. Valer-se-ia da influência prestigiosa dos sacerdotes, movimentaria Jerusalém, tomaria o cetro do povo israelita, em obediência às tradições dos reis e juízes do passado e, logo que fosse consolidado o poder, restituiria a Jesus a direção, a honra, a chefia… O Mestre ensinava a concórdia, a tolerância, a paciência e a esperança, mas, como efetuar as reformas necessárias, através de simples atitudes idealistas?
E o discípulo, em atitude de homem escravizado à ilusão, aguardava Caifás, que não se fez esperar muito tempo.
Na sala enorme, iniciaram discreta conversação.
Anexo I- Coletâneas sobre Judas Iscariotes
Aqui você confere as primeiras páginas deste artigo, que em breve será publicado completo. Se quiser continuar a leitura, você pode baixar o texto completo em formato de pdf clicando no botão abaixo: