Médiuns – Caso 1

Você pergunta a mim, Espírito desencarnado (Humberto de Campos), qual a maneira adequada de tratar os Médiuns. Alega que muitos passaram por seu clima individual, sem que pudesse compreendê-los. Começam a tarefa, entusiásticos, e, rapidamente, abandonam a sementeira.

Alguns sustentam o serviço por algum tempo; outros, contudo, não vão além de alguns meses. Muitos se afastam, discretos, recuando deliberadamente, ao passo que outros tantos resvalam, monte abaixo, atraídos por fantasias tentadoras.

Afirmando seu amor à Doutrina Espírita que nos irmana agora, você indaga com franqueza: Como tratar essa gente, para que o Espiritismo não sofra hiatos nas demonstrações da sobrevivência? Não tenho pretensões a ensaísta de boas maneiras. Malcriado quanto tenho sido, falta-me recurso para escrever códigos de civilidade, mesmo no “Outro Mundo”.

Creio, todavia, que o Médium deve receber tratamento análogo ao que proporcionamos a qualquer ser humano normal. Trata-se de “Personalidade Encarnada”, com obrigações de render culto diário à refeição, ao banho e ao sono comum. Deve atender à vida em família, trabalhar e repousar, respeitar e ser respeitado. Não guardando o “Talento Mediúnico”, à maneira de enxada de luxo que a ferrugem carcome sempre, mas evitará a movimentação intempestiva de suas faculdades, tanto quanto o ferreiro preserva a bigorna.

Cooperará, com satisfação, no esclarecimento dos problemas da vida, junto aos estudiosos sinceros; todavia, não entregará seus recursos psíquicos à curiosidade malsã dos investigadores sem consciência, detentores de leviandade incurável, a pretexto de colaborar com os cientistas do clube dançante, que vazam comentários acadêmicos, entre um sorriso de mulher bela e uma dose de aguardente rotulada de uísque.

Esta é uma definição sintética que me cumpre fornecer, de passagem; entretanto, já que você se refere ao amor que assegura consagrar ao Espiritismo edificante, conviria sondar a própria consciência.

Realmente, são inúmeros os companheiros que se precipitam da tarefa mediúnica ao resvaladouro do desencanto e do sofrimento, como andorinhas de vôo alto, atiradas, semimortas, do firmamento ao bojo escuro do abismo. Vemos, no entanto, que se os pássaros, algumas vezes, descem ao círculo tenebroso, sob o fascínio de perigosa ilusão, na maioria dos casos caem mutilados sob golpes de caçadores inconscientes.

Doloroso é dizer; contudo, quase todos os médiuns são anulados pelos próprios amigos, sem maior consideração…

O plano superior traça o programa de trabalho, benéfico e renovador. O funcionário da instrumentalidade concorda com os seus itens e dispõe-se a executá-lo, mas, escancarada a porta do serviço, a chusma de ociosos adensase-lhe em torno.

Esqueçamos a fileira compacta dos investigadores e curiosos que transformam em cobaia o primeiro doente psíquico que lhe cai sob as unhas. As reclamações insaciáveis dos próprios irmãos de ideal são mais venenosas. Identificando-as, somos forçados a reconhecer que os espiritistas modernos têm muito de aprender acerca do próprio equilíbrio, antes que o primeiro médium com tarefa definida possa cumprir integralmente sua Missão.

O intermediário entre os dois planos move-se com extrema dificuldade para entregar às criaturas terrestres a mensagem de que é portador. Se os adversários gratuitos recebem- no a pedradas de ironia, os afeiçoados principiam por erigir-lhe pedestal envolto em grossas nuvens de incenso pernicioso.

O servidor inicia o ministério, qua-se sempre às tontas, embriagado pelo aroma ardiloso do elogio desregrado. Em pouco tempo, não sabe como situar-se. Os adeptos e simpatizantes da causa se incumbem de convertê-lo em permanente motivo de espetáculo. Quando o exibicionismo não se prende à tentação de convencer os vizinhos, fundamenta-se em supostas razões de caridade.

Intensifica-se a luta entre a esfera superior, que deseja beneficiar o caminho coletivo com a projeção da nova luz sobre a noite dos homens, e a arena terrestre, onde os homens cuidam de manter, com desespero, os seus interesses imediatos na carne. O responsável direto, pela ação mediúnica raramente segue marcha regular.

Se permanece no serviço do ganha-pão digno, os companheiros se encarregam de perturbá-lo, chamando-o insistentemente para fora do reduto respeitável em que procura ganhar a vida com a nobreza e honestidade.

Se mostra alguma instabilidade na realização, improvisam-se tribunais acusadores, ao redor dele; mas se revela perseverança no bem, surge, com mais ímpeto, o assédio de elementos arrasadores, ansiosos por derrubá-lo.

Se permanece no posto, é obrigado a respirar solidão quase absoluta, de vez que as exigências do serviço se multiplicam, por parte dos companheiros de fé, enquanto seus domésticos e afins, em regra geral, dele se afastam, cautelosamente, por não haverem nascido com a vocação da renúncia.

Passa a viver, compulsoriamente, as existências alheias, inibido de caminhar na própria rota. É compelido a ingerir, com o almoço, fluidos de desesperação e inquietude de pessoas revoltadas e intemperantes que o buscam, ostentando o título de sofredores.

Debalde namora o banheiro com saudade de água salutar na pele suarenta, porque os legítimos e falsos necessitados da própria confraria lhe absorvem as horas, reclamando atenção individual. Trabalha no setor cotidiano de ação, sob preocupações e expectativas infindáveis da guerra nervosa. É quando consegue a estação de pouso noturno, alcança o leito de corpo esfalfado e a resistência em frangalhos.

Se o vanguardeiro não retrocede, fustigado pelos demônios da imprudência e da insensatez e se não se faz presa de entidades maliciosas que o conduzem ao palco da “triste figura”, cabe-lhe o destino da válvula gasta prematuramente.

Liga-se o aparelho radiofônico, entretanto, a mensagem chega rouquenha ou não pode enunciar-se. A máquina delicada estala e chia inultimente. A eletricidade e a revelação sonora continuam existindo, mas o aparelho complicou-se, não pela lei do uso e, sim, pelos golpes do abuso.

Compreende, acaso, o que estou comentando? A força espiritual e a contribuição renovadora dos Missionários da sabedoria vibrarão junto de vocês, todavia, como se exprimirem convenientemente se os interessados perseguem os aparelhos registradores e os inutilizam, através da exaustão e do vampirismo, portadores da enfermidade e da morte?

Como somos forçados a reconhecer, meu caro, é tão difícil encontrar Médiuns aptos a lidarem com os Espiritistas do primeiro século de Codificação Kardeciana, como é raro encontrar Espiritistas que saibam lidar com eles.

Fonte

Cap. 13 – Como Tratar Médiuns – Luz acima – Humberto de Campos e Chico Xavier, FEB, 1948

Anexo I – Algumas Datas Importantes Relativas ao Cristianismo

  • As primeiras Comunidades dos Cristãos Primevas, dos três primeiros séculos, não cultivavam os serviços de socorro e atendimento sobre bases cristalizadas e inflexíveis. Agiam com ordem, hierarquia e disciplina, distribuindo os Bens Espirituais de acordo com a capacidade receptiva de cada membro da Comunidade Cristã → estas Comunidades Cristãs eram independentes entre si, dirigidas por um Conselho eleito pela respectiva comunidade → não existia a figura de um Papa como nos dias atuais, o qual é o dirigente máximo da igreja católica, assim como não existiam as Igrejas imponentes como as que são conhecidas atualmente;
  • As Comunidades Cristãs Primevas atuavam de modo ativo, e totalmente desinteressado de quaisquer tipos de ajuda ou contribuição monetária, pois todos tinham as suas obrigações diurnas para a própria sobrevivência, como Paulo, o Apó-tolo dos Gentios;
  • O Cristianismo Primevo, de elevado senso Mediúnico, também conhecia que a morte do corpo não levava o Espírito para o Jardim de Delícias Celestiais e sim que o Espirito permanecia com os mesmos vícios, paixões, virtudes e defeitos que possuíam no corpo físico;
  • No ano 313 o Imperador Constantino, através do Edito de Milão, garante a liberdade de culto aos Cristãos. Os Cristãos que se reuniam em pequenas comunidades para as orações e práticas de atendimento aos encarnados e desencarnados como afirmado textualmente pelo Benfeitor Emmanuel, no Cap.175- Tratamento das Obsessões Livro” Pão Nosso”, foram obrigados a aceitar o domínio dos Bispos Romanos pertencentes a alta elite ligada as cortes romanas → os primeiros Concílios da Igreja eram sempre convocados pelos Imperadores Romanos;
  • Constantino ainda em 325 patrocina o Concílio de Niceia, que provoca graves distorções nos Ensinamentos do Evangelho de Jesus, além de definir os Bispos da Comunidade Cristã de Roma como dirigentes dos demais Bispos das demais Comunidades Cristãs;
  • Ainda no século IV, em 391, o Imperador Teodósio adota o Cristianismo como a Religião oficial do Império;
  • Com todas estas atuações do Império, os Papas, Cardeais e Bispos passaram a ser nomeados por Imperadores e Reis, de modo que a Aristocracia ligada a estas cortes assumem estes principais postos na Igreja, provocando um afastamento dos ensinos e práticas ensinados pelos primeiros Cristãos contemporâneos dos Apóstolos.
  • A riqueza, o fausto pelos diversos tipos de poder, pela fascinação e pelo orgulho, além da falta de moralidade por parte dos altos dirigentes da Igreja, levam-na a se afastar cada vez mais da verdadeira Doutrina Evangélicas.
  • Esta classe Aristocrática da Igreja era denominada de Alto Clero. Após anos deste tipo de abuso, em 1075, o Papa Gregório VII pública um Édito que proibia a nomeação para altos cargos da Igreja por Reis e Imperadores, sendo que somente o Papa é que podia nomear. Gregório VII chega a excomungar o Imperador Henrique IV, do Sacro Império Romano- Germânico, que não aceita estas determinações;
  • Na estrutura do poder da Igreja Católica Romana, como o próprio nome já indica a origem e a dominação dos Bispos Romanos, para manter o poder a qualquer custo, recorre a alianças com Reis e Imperadores, os quais por sua vez passam a indicar Bispos e Cardeais para o Alto Clero das Igrejas das terras sob seus respectivos domínios.
  • O Baixo Clero, constituídos por padres e monges, oriundos das camadas mais simples e pobres da população, não influenciam nos destinos da Igreja.
  • Foi no Concílio Ecumênico de Constantinopla (553) que a Reencarnação foi retirada do Cristianismo pelo Imperador Justiniano e sua esposa Teodora. Essa história da influência de Justiniano e Teodora no citado Concílio, de um modo geral, não é abordada pelos Historiadores, certamente, para evitarem conflitos com a Igreja, pois isso é desagradável para ela;
  • O nome Católica vem do Grego Katholikos que significa Universal;
  • 1054 – Cisma da Igreja em Igreja Cristã Ortodoxa, com sede em Constantinopla e Igreja Católica Apostólica Romana com sede em Roma;
  • 1095 – Início das Cruzadas com o Papa Urbano II ( durou até 1270 com milhares de mortes );
  • 1194 – Surgimento da Inquisição ( durou até 1799 com milhares de mortes e mutilações );
  • 1303 – Cisma na Igreja Católica Apostólica Romana, com brigas pelo poder entre o Imperador Francês Felipe, o Belo, e o Papa de Roma;
  • 1417 – Concílio de Constança para a reunificação da Igreja Romana;
  • Séculos XII e XIII surgem movimentos ( Albigenses e Valdenses) contra a ambição insaciável da Igreja por mais riquezas e poder político, além do afastamento dos princípios Evangelho. Foram perseguidos e mortos pela Igreja dos Bispos Romanos;
  • 1213 – Surge os Tribunais do Santo Ofício para o início dos trabalhos da Inquisição, que matou e mutilou milhares de pessoas em nome da Igreja Romana;
  • Século XIV – surgem movimentos mais organizados, iniciados por professores como John Wyclif- Oxford e John Russ- Universidade de Praga;
  • Século XV – Surge o Protestantismo com Martinho Lutero contra a venda das Indulgências e dos Terrenos no Céu, moralização do comportamento do Alto Clero e dos Costumes da Igreja, além de não aceitar a intermediação dos clérigos entre os homens e Deus- Movimento dos Protestantes que rompe com relações com a Igreja Romana;
  • Século XIV – Surge o Calvinismo de João Calvino, movimento que também provoca um rompimento com a Igreja Romana;
  • Séculos XIV a XVI a Europa passa por um movimento de valorizar a cultura Grega-Romana, além de colocar o Homem como centro de atenção e a dissociar o estudo científico do lado religioso. Isto significou uma ruptura com os valores praticados na Idade Média, dominado pelas Teorias e Dogmas da Igreja;
  • A Idade Média ficou conhecida como a Idade das Trevas para a humanidade, principalmente pela atuação e influência despótica da Igreja em todos os campos do pensamento humano;
  • A nova fase, que começa a partir do Século XIV ficou conhecida como Renascimento, por quebrar todos os paradigmas existentes na Idade Média nos campos das Artes, Ciências e Filosofias;
  • Com os movimentos Protestantes e com o Renascimento, a influência da Igreja dos Bispos Romanos so-fre uma tremenda perda de poder e de influência em todos os campos das atividades humanas.

Anexo II- Mateus 16.13 a 20

E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?

E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas.

Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?

E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque te não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.

Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as Portas do Inferno não prevalecerão contra ela;

E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

Então mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus o Cristo.

Fonte

Biblia Online

A Interpretação de Mateus 16.13 a 20 sob a Ótica da Mediunidade

Jesus pergunta aos Apóstolos quem eles achavam que ele era. Pedro declara que ele era o Messias esperado, o Filho de Deus Vivo. Jesus então lhe revela que não foi nem a carne e nem o sangue, mas sim o Pai que o inspirou nesta resposta, e que ele é Pedro e sobre esta Pedra (Pedra deve ser interpretada no sentido de comunicação com o Mundo Espiritual → que é a própria Mediunidade definida no Século XIX por Allan Kardec no Livro dos Médiuns) é que será estabelecida a sua Igreja (Doutrina → Não existiam ainda as Igrejas Católicas nesta época de Jesus, pois a Igreja Católica dos Bispos Romanos foi fundada somente no Século IV sob o benaplácito do Imperador Romano Constantino como citado no Anexo I. Portanto a palavra “Igreja” deve ser substituída por “Doutrina” – na Reforma do Conselho Ecumênico de Nicéia, promovido pelo Imperador Constantino em 325, foram tantos os “desvios” que não mais se entenderam quanto as interpretações dos Textos Evangélicos).

Esta Doutrina abrirá as Portas do Céu (as Portas dos Conhecimentos Espirituais sobre o Mundo Espiritual) → Jesus afirma para Simão Pedro que este recebeu através de sua avançada Mediunidade a mensagem de Deus → Jesus afirma que sua Doutrina, contida nos Evangelhos, seria estabelecida sobre a Mediunidade, e não sobre a pessoa de Simão Pedro, o que aliás não teria nenhum sentido em estabelecer a sua Doutrina sobre uma pessoa, mesmo sendo o Apóstolo Simão Pedro.

Afirma também que, através do termo “Chaves dos Céus”, que a Mediunidade seria a chave para se entender as Verdades Espirituais → do Item 1.5 do Cap.1, do Livro “ O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Kardec afirma taxativamente que o Espiritismo é a Ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas incontestáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo ↔ o Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica facilmente.

Kardec, em “Obras Póstumas, Primeira Parte, Teoria do Belo”, define que a futura raça da humanidade terá mais faculdades e mais instrumentos a serviço do Espírito, sendo fisicamente mais forte e mais bela que a atual.

Viverão em harmonia com as riquezas da criação, sendo que aperfeiçoarão e desenvolverão novas invenções, além de promoverem a Justiça Social. Uma verdadeira multidão de Espíritos mais adiantados virá tomar lugar entre os Colonos da Terra, sendo que serão em maioria absoluta, e tudo cederá diante deles → a Mediunidade será uma destas faculdades;

  • No Cap.2, Mediunidade, Livro” Código do Reino”, Moutinho afirma que a Mediunidade vem a ser o “Dom” a que o Profeta Joel faz referência, em Joel 2:28, ao dizer que “o Senhor afirmou que nos finais dos tempos derramará do seu Espírito sobre todo ser vivo”;
  • Paulo, em Atos 19:2 a 6, Paulo, pergunta aos Efésios se receberam o “Espírito Santo” por ocasião do Batismo. Em seguida Paulo lhes impõe as mãos e o “Espírito Santo” veio sobre eles, de modo a que começaram a falar em várias línguas e a também profetizar → Fenômenos Mediúnicos, nos quais os Espíritos Superiores lhes comandam os Pensamentos e a Mente, de modo que os encarnados funcionam como Médiuns altamente receptivos;
  • No Cap.9, Mediunidade e Fenômeno, do Livro “Missionários da Luz”, Alexandre, Mentor de André Luiz, define que Mediunidade constitui meio de comunicação entre os Encarnados e os Desencarnados. É inconcebível imaginar a realização sublime sem se afeiçoar ao Espírito da Verdade, que é o próprio Senhor. Para servir ao Divino Serviço, não existe outro caminho a não ser por Jesus. Não existe outra porta para a Mediunidade Celeste, para o acesso ao equilíbrio divino que se deseja no Santuário do Coração. Sem o Divino Mestre, a Mediunidade é simples meio de comunicação e nada mais, do qual poderão se assenhorar os interessados em perturbações e em multiplicar presas infelizes;

O Fenômeno do Pentecoste → Atos dos Apóstolos- 1:4 e 1:5 e 2:1 a 2:42 – O Novo Testamento

  • Jesus, no dia de sua elevação ao céu, diz para os Apóstolos não se afastarem de Jerusalém, para aguardarem o comprimento da promessa formulada, pois se o “Batista” mergulhava as pessoas na água, eles seriam mergulhados, por ele, o próprio “Jesus”, no Espírito Santo;
  • Estando os Apóstolos mais os Discípulos reunidos, no dia da festa do Pentecostes, de repente surgiu um som do céu, semelhante ao que traz uma forte ventania, e línguas, como que de fogo, que se distribuíram sobre todos, de modo que cada um começou a falar em uma diferente língua, de acordo com o permitido pelo respectivo Espírito;
  • Atraídos pelo barulho do som da ventania e pelo vozerio, diversos Grupos de Judeus de diferentes nacionalidades, conversam com os Apóstolos e Discípulos em sua própria língua natal;
  • Simão Pedro toma a palavra e cita o Profeta Joel, sobre a profecia de que no futuro, Deus colocaria o seu Espírito sobre os homens, de modo a que iriam profetizar, teriam visões e sonhos. Fala em seguida sobre Jesus, seus milagres, sua morte e ressurreição;
  • Sendo compreendido pela multidão, converte e batiza, juntamente com os demais Apóstolos e Discípulos em torno de 3000 pessoas neste dia em Jerusalém;

O Fenômeno do Pentecoste por Huberto Rohden – Cap. A Parábola Dramatizada do Pão e do Vinho , Livro”Sabedoria das Parábolas”

  • Estando os Apóstolos mais os Discípulos reunidos no dia da festa do Pentecostes, em oração e meditação, e após atingirem uma Sintonização Crística de sua elevada Fidelidade ao Mestre, foram agraciados com o Espírito do Cristo;
  • Desde este instante em diante, os Apóstolos e os Discípulos, que antes eram indecisos e vacilantes na Fé, sendo que alguns esperavam ainda um Cristo Guerreiro e Libertador de Israel, sintonizaram e possuíram uma alta Fidelidade com o Espírito do Cristo Cósmico ou Cristo Espiritual e não com o Cristo Humano ( não confundir com a Tradução errada da Vulgata Latina, que traduziu o verbo, do Grego, Pisteuein, que significa Fidelizar erradamente traduzido por Crer) → segundo Huberto, a partir desta tradução errônea começa uma verdadeira tragédia milenar da Cristandade;

Contribuições de Emmanuel sobre Mediunidade – No Culto à Prece – Cap.149 – Fonte Viva

  • E tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos e todos ficaram cheios do Espírito Santo, iluminando-lhes o anseio de fraternidade, engrandecendo-se-lhes as mentes congregadas em propósitos superiores e a energia santificadora que felicitou-lhes os Espíritos;
  • O culto à prece é marcha decisiva e a oração é renovação para a obra do Senhor;

Mediunidade – Cap.10 – Caminho, Verdade e Vida

  • Apóstolos e Discípulos, frágeis e indecisos, após o Pentecoste contudo, tornam-se aptos a missão Evangelizadora, curando doentes, levantando Espíritos infortunados, falando com os reis e com os poderosos em nome do Senhor;
  • Estabelecera-se a era da Mediunidade nos séculos;
  • Ressurge agora o Espiritismo Cristã com a alma imortal do Cristianismo Redivivo;

Guardemos Saúde Mental – Cap.177 – Pão Nosso

  • O Cristianismo Primevo não desconhecia a necessidade da mente sã e iluminada de aspirações superiores, na vida daqueles que abraçam no Evangelho a renovação substancial;
  • Sabem agora, os que lidam com os fenômenos mediúnicos, que a morte da carne não impõe as delícias celestes;
  • O homem encontra-se, além do túmulo, com as mes-mas virtudes e defeitos, ideais e vícios, a que se consagrara no corpo humano;
  • O programa antecede o serviço e o projeto traça a realização. O pensamento é energia radiante. Espraiemo-lo na terra e prender-nos-emos ao chão. Elevemo-lo para o alto e conquistaremos a espiritualidade sublime;

Manifestações Espirituais – Cap.162 – Pão Nosso

  • A manifestação do espírito é dada a cada um, para o que for útil – Paulo, I Coríntios, 12:7;
  • A maioria dos trabalhadores na Evangelização inquieta-se pelo desenvolvimento imediato das faculdades incipientes;
  • Em determinados centros de serviço, exigem-se realizações superiores às possibilidades de que dispõe, e em outros sonha-se com fenômenos de grande porte;
  • O trabalhador espírita deve trabalhar com o material que lhe foi confiado, convicto de que o Senhor Supremo não atende, no problema das manifestações espirituais, conforme o capricho humano, mas, sim, de acordo com a utilidade geral;

Espiritismo na Fé – Cap.174 – Pão Nosso

  • Os que crêem e aceitam as determinações de serviço que fluem do alto, serão seguidos pelas notas reveladoras da imortalidade, onde estiverem. Em nome de Jesus, expulsarão a treva e a maldade, e serão facilmente conhecidos, entre os homens espantados, porque falarão sempre na linguagem nova do sacrifício e da paz, da renúncia e do amor;

Pergunta 382 – Mediunidade – O Consolador

  • A Mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda a carne e prometida por Jesus aos tempos do Consolador, atualmente em curso na Terra;
  • A missão mediúnica é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção, concedidas por Deus a seus filhos;

Anexo III – A Definição de Espírito Santo por Emmanuel

P 312 – Como interpretar a afirmativa de João: “Três são os que fornecem testemunho no Céu: O Pai, o Verbo e o Espírito Santo”

João referia-se ao Criador (Deus), a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à Legião dos Espíritos Redimidos e Santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus → possivelmente estes Espíritos podem ser inclusive não um Espírito individual propriamente dito, mas uma Legião de Espíritos → Podem ser Espíritos oriundos de outros Orbes Planetários como Sírius, Órion e Capela.

Fonte

O Consolador – Emmanuel e Chico Xavier, FEB, 1940

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