Gira Para Conseguir Emprego

Mensagem da Vó Ana de Angola

I – Introdução

Em Mensagem transmitida na Gira da TUACSM (Tenda de Umbanda Amor e Caridade Serra da Mantiqueira, Pedralva, MG) de 17.08.2021, em resposta a um pedido de ajuda para conseguir um Emprego, a Vó Ana, Espírito da Linha dos Pretos Velhos, recomendou fazer a Gira descrita abaixo para se obter o sucesso neste tipo de pedido.

É interessante de se notar que a Linha dos Pretos Velhos, na Umbanda, caracteriza-se pela Humildade e Sabedoria, além destes tipos de Espíritos serem exímios manipuladores das Energias Astrais e da Natureza, as quais as utilizam para os seus Passes Espirituais e Benzimentos.

São muitos procurados nas Tendas de Umbanda para dar Conselhos e Orientações aos Irmãos necessitados, além de os descarregarem das Energias Deletérias, com seus Passes e Benzimentos.

Vó Ana comentou que é ligada a Linha de Iemanjá.

II – Material Necessário

  • Três velas vermelhas e três velas brancas, tipo palito
  • Três fitas de cor vermelha, cada uma com 50 cm de comprimento
  • Uma lata de cerveja ( cerveja de cor amarela) – não pode ser cerveja de cor vermelha ou preta
  • Três palmas de cor vermelha
  • Um prato de papelão de cor prata
  • Três frutas (laranja e/ou pera e/ou uva e/ou abacaxi – escolher três destas quatro frutas)
  • Uma chave de abrir porta nova
  • Um copo do tipo descartável

III – Modo de Realização

  • Em uma estrada rural, com matas dos dois lados, ache um local um pouco retirado. Mentalize o Orixá Ogum e peça licença para entrar. Em seguida limpe um pequeno espaço no terreno e coloque as palmas amarradas com uma das fitas, fazendo um buque
  • Colocar a chave sobre desta fita, de modo que fique na parte superior e voltada para cima
  • Colocar as frutas, lavadas e secas, no prato de papelão. Este deve estar ao lado do buque
  • Despeje parte da cerveja no copo, e o coloque a direita das frutas, no prato de papelão
  • Faça um círculo, no terreno, distribuindo as velas no entorno do prato de papelão e do buque (branca, vermelha, branca, vermelha, branca, vermelha)
  • Em seguida passe o restante das fitas aos pés das velas
  • Despeje o restante da cerveja, de modo circular, no entorno das velas, no próprio terreno
  • Acenda as velas e reze a Oração de Ogum e peça para este Orixá lhe conseguir um Emprego
  • A seguir reze um Pai Nosso e uma Ave Maria
  • Se retire do local sem olhar para trás

IV – Notas

  • Trazer de volta apenas a lata de cerveja, para coloca-la no lixo, posteriormente
  • Ogum é o Orixá vencedor de Demanda, das Aflições, das Lutas e das Batalhas da Vida
  • Antes de fazer o pedido para o Orixá Ogum, procure semanalmente, uma ou mais vezes, fazer uma Meditação refletindo nos seus erros e acertos; refletindo na sua postura sobre a Vida Espiritual; refletindo na sua vivência familiar; refletindo na ajuda ao próximo, etc . A seguir faça uma Oração para Ogum pedindo que lhe “Abra os Caminhos, afaste os seus Inimigos e lhe consiga um Emprego”.
  • É interessante fazer um a defumação da residência com a “Defumação das Sete Ervas”
  • Faça um Banho com uma ou mais “Ervas de Ogum”. Após isto torne a rezar para Ogum pedindo que lhe “Abra os Caminhos, afaste os seus Inimigos e lhe consiga um Emprego”.

V – Oração para Ogum

Ogum, meu Pai, grande vencedor de demandas, Poderoso guardião das Leis, Chamá-lo de Pai é honra, esperança, é vida.

Vós sois meu aliado no combate às minhas inferioridades.

Mensageiro de Oxalá, Filho de Olorum.

Senhor, Vós sois o domador dos sentimentos espúrios, depurai com Vossa espada e lança,

Minha consciente e inconsciente baixeza de caráter.

Ogum, irmão, amigo e companheiro, Continuai em Vossa ronda e na perseguição aos defeitos que nos assaltam a cada instante.

Ogum, glorioso Orixá, reinai com Vossa falange de milhões de guerreiros vermelhos e mostrai por piedade o bom caminho para o nosso coração, consciência e espírito.

Despedaçai, Ogum, os monstros que habitam nosso ser, Expulsai-os da cidadela inferior.

Ogum, Senhor da noite e do dia e de mãe de todas as horas boas e más, livrai-nos da tentação e apontai o caminho do nosso Eu.

Vencedor contigo, descasaremos na paz e na Glória de Olorum.

Por último, peço-lhe Pai Ogum que “Abra os meus Caminhos, afaste os meus Inimigos e me consiga um Emprego”.

Que assim seja com as benções de Olorum (Deus) e de Pai Oxalá (Jesus).

V – Oração para Ogum

Representações para Ogum

Anexo I- Características dos Orixás na Umbanda

5º Trono (Linha) – Lei

  • Orixá Irradiador: Ogum → Fator: Ordenador
  • Orixá Absorvedor: Iansã → Fator: Direcionador

Ogum

A vibração de Ogum é o fogo da salvação ou da glória, o mediador de choques consequentes do Carma. É a Linha das demandas da fé, das aflições, das lutas e batalhas da vida. É a Divindade que, no sentido místico, protege os guerreiros.

Os Caboclos de Ogum gostam de andar de um lado para outro e falam de maneira forte, vibrante e em suas atitudes demonstram vivacidade. Suas preces cantadas traduzem invocações para a luta da fé, demandas, batalhas, etc.

Orixá masculino, Regente da Linha da Lei. Ogum envolve o caminho, as leis naturais que regem o Universo. Seus “Pontos de Forças” são as Estradas.

Na tradição oral presente nas religiões de matriz africana, Ogum é mencionado nos mitos como irmão de Exu e a proximidade desses dois Orixás nessas culturas é tão grande que por vezes as suas representações confundem-se.

Qualidades

Ogum, é ordenador. Age irradiando uma só qualidade, em ondas retas e contínuas, o que o faz ser passivo. Seu núcleo magnético gira da direita para a esquerda expelindo seu fator ordenador. Os Seres regidos pelo Orixá desfrutam de natureza forte e reta, mas sua Energia Eólica os conduz a serem intempestivos também.

Ogum é o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão e a emoção. É o Trono Regente das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os sentidos.

Atributos

Ogum é sinônimo de Lei e Ordem e seu campo de atuação é a ordenação dos processos e dos procedimentos. O Trono da Lei é eólico e, ao projetar-se, cria a linha pura do ar elemental, já com dois polos magnéticos ocupados por Orixás diferenciados em todos os aspectos. O polo magnético positivo é ocupado por Ogum e o polo negativo é ocupado por Iansã. Esta Linha Eólica pura dá sustentação a milhões de Seres Elementais do Ar, até que eles estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento.

Uns têm como segundo elemento o fogo, outros têm na água seu segundo elemento, etc.

Portanto, na linha pura do “Ar Elemental” só temos Ogum e Iansã como regentes.

Mas se estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles se projetam e dão início às suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda. Os Orixás regentes destas hierarquias de Ogum e Iansã são Orixás Intermediários ou regentes dos níveis vibratorios da Linha de Forças da Lei.

Saibam que Oxalá tem Sete Orixás Intermediários positivos e tem outros sete negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás neutros.

Oxum tem sete Orixás intermediárias positivas e tem outras sete negativas, que são suas opostas.

Oxóssi tem sete Orixás intermediários positivos, sete negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma Hierarquia Vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material.

Xangô tem Sete Orixás Intermediários positivos e tem Sete negativos, que são seus opostos.

E o mesmo acontece com Obaluaiê e Yemanjá.

Ogum e Iansã são os Regentes do Mistério “Guardião” e suas Hierarquias não são formadas por Orixás opostos em níveis vibratórios e polos magnéticos opostos, como acontece com os outros Orixás citados anteriormente. Ogum e Iansã formam Hierarquias Verticais Retas, ou sequenciais, sem quebra de “estilo”, pois todos os Oguns, sejam os regentes dos polos positivos, dos neutros ou tripolares, ou dos negativos, todos atuam da mesma forma e movidos por um único sentido que é a Aplicação da Lei.

Atribuições

Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a mesma inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois não se permitem uma conduta alternativa. Onde estiver um Ogum, lá estarão os “Olhos da Lei”, mesmo que seja um “Caboclo” de Ogum, avesso às condutas liberais dos frequentadores das Tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns quanto pelos Espíritos Incorporadores.

Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os “Atentos Olhos da Lei”, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.

Resumo

  • Linha: Eólica
  • Pedra: Rubi, granada, hematita
  • Ervas: Eucalipto, folhas de manga, folhas de romã, hibisco, aroeira, alfavaca
  • Irradiação: Lei
  • Vela/Cor: Azul escuro, Vermelha, Branca, Prata
  • Sincretismo: São Jorge
  • Saudação: Ogumyê!
  • Ponto de Força: Encruzilhada, campo aberto, beira de estrada
  • Data comemorativa: 23/04

Anexo II – Possível Origem dos Orixás na Umbanda

II.1 – A Primeira Possível Origem para os Orixás

Livro “O Consolador”- Emmanuel e Chico Xavier

P 312 – Como interpretar a afirmativa de João: “Três são os que fornecem testemunho no Céu: O Pai, o Verbo e o Espírito Santo”

– João referia-se ao Criador (Deus), a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à Legião dos Espíritos Redimidos e Santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus → possivelmente estes Espíritos sejam os Orixás, que podem ser inclusive não um Espírito individual propriamente dito, mas uma Legião de Espíritos de acordo com o respectivo Trono Divino → Podem ser Espíritos oriundos de outros Orbes Planetários como Sírius, Órion e Capela → não confundir Orixás com as Linhas de Umbanda, pois são Conceitos diferentes.

II.2 – A Segunda Possível Origem para os Orixás

A Ação dos Espíritos nos Fenômenos da Natureza- Livro dos Espíritos

Os Espíritos da Natureza são os agentes de todos os movimentos relacionados com ela, por ordem de Deus. Eles sabem o que fazer ante as necessidades humanas, e mesmo da própria natureza → Espíritos da Natureza são os próprios Orixás além dos Elementais.

Deus não exerce ação direta, mas pelos canais dos Seus Agentes, que são os Espíritos, aos quais podes chamar Engenheiros SideraisOrixás, ou como queiras chamá-los, desde que as designações sejam referentes a Espíritos de alta linhagem, que tudo conhecem com precisão, o que lhes possibilita dominar completamente a natureza.

As Divisões da Natureza são diversas, e cada Divisão existe como Departamento, dirigido por Espíritos Angélicos, que as comandam e fazem com que trabalhem Outros Agentes Intermediários, de menor nível espiritual, para a paz do Universo.

A Mitologia dos Antigos se fundava inteiramente em Ideias Espíritas, com a única diferença de que consideravam os Espíritos como Divindades. Representavam esses Deuses ou esses Espíritos com atribuições especiais.

Assim, uns eram encarregados dos ventos, outros do raio, outros de presidir ao fenômeno da vegetação, etc. Semelhante crença é totalmente destituída de fundamento?

Certamente que não existem “Deuses”. Os Antigos classificavam os Espíritos Agentes de Deus como sendo “Deuses Menores”, por não compreenderem as Leis do Senhor manifestando-se em tudo e garantindo a vida por onde quer que seja → Deuses Egípcios e os Orixás Africanos.

O falar dos Antigos, partindo dos próprios Sábios, tem fundamentos da verdade, porque a natureza, por sua vez, não se encontra sem amparo. Em todos os seus aspectos existem Espíritos altamente evoluídos e sendo coadjuvados por forças maiores, ajudados por Agentes Menores na restauração da vida, sob as bençãos do Criador.

O que os homens do passado achavam que eram “Deuses”, tornamos a dizer, eram Espíritos de Alto Porte EspiritualDeuses Egípcios/ e ou Orixás Africanos → encarregados de orientar outros Espíritos Menores, inclusive os do tipo Elementais na exe-cução dos trabalhos na natureza. Alguns dos Teólogos Naturais (possívelmente Sacerdotes dos Antigos Cultos Religiosos) que os viram, possuídos da Terceira Visão, os classificaram como sendo “Deuses”, na função de preservar a natureza. O progresso, contudo, tem a capacidade de corrigir equívocos, mostrando verdades mais acentuadas para os que se encontram preparados para tal.

Hoje, por meio da Mediunidade que o Espiritismo educa, podem-se observar esses chamados “Deuses” se comunicando com os homens a dizer uma verdade mais limpa do que antes, e no amanhã deverás receber revelações mais avançadas que as de hoje → Portanto os Orixás não são Energias e sim Entidades Espirituais de Elevado Padrão Espiritual, os quais por causa disto, não podem ser incorporados pelos Médiuns → ainda de “1 João 5:7-8”, como já comentado, Jesus trouxe Espíritos de Elevado Nível de outros Orbes planetários para os trabalhos iniciais da fixação dos caracteres físicos, químicos, Biológicos, etc, no Planeta Terra, os quais, possivelmente, sejam os Orixás ou os Desuses Egípcios.

Caso deseje, você também pode baixar este artigo em formato de pdf clicando no botão abaixo: