II – Chacras
II.4.6 – Chacra Frontal
O Centro Cerebral, contíguo ao Centro Coronário, que ordena as percepções de variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à palavra, à cultura, à arte, ao saber. É no Centro Cerebral que possuímos o comando do núcleo endocrínico, referente aos poderes psíquicos.
O Centro Cerebral está localizado como mostrado na Fig.12 e é contíguo ao Coronário, com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das Glândulas Endocrínicas e administrando o Sistema Nervoso, em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras.
Está ligado à Glândula Pituitária, Hipófise, situada numa cavidade óssea localizada na base do cérebro que se liga ao hipotálamo através do Pedículo Hipofisário, como mostrado na Fig.18a,b. A Hipófise é uma glândula que produz numerosas e importantes hormonas, por isso antigamente era reconhecida como glândula-mestre do sistema nervoso. Hoje sabe-se que grande parte das funções dessa glândula são reguladas pelo Hipotálamo que liga o Sistema Nervoso ao Sistema Endócrino, sintetizando e segregando Neuro-Hormonas necessárias no controlo da secreção das restantes glândulas nomeadamente da Hipófise que também produz Endorfina, hormona que causa sensação de bem-estar. A Hipófise é a porta do discernimento, da intuição, da imaginação, do conhecimento e da percepção que rege os olhos e a memória.

Fig. 18 – Detalhe Glândula Hipófise. Fonte: slideshare.net
II.4.7 – Chacra Coronário
Analisando a fisiologia do Perispírito, classifiquemos os seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre. Temos, assim, por expressão máxima do veículo que nos serve presentemente, o Centro Coronário que, na Terra, é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Esse Centro recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito, comandando os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de interdependência. Considerando em nossa exposição os fenômenos do corpo físico, e satisfazendo aos impositivos de simplicidade em nossas definições, devemos dizer que dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica. É, por isso, o grande assimilador das energias solares e dos raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a sublimação da alma.
O Centro Coronário, como indicado na Fig.12, instalado na região central do cérebro, sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada, nas cintas de aprendizado que lhe corresponde no abrigo planetário. O Centro Coronário supervisiona, ainda, os outros centros vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente ao Espírita, assim como as peças secundárias de uma usina respondem ao comando da peçamotor de que se serve o tirocínio do homem para concatenalas e dirigi-las.
Temos particularmente no Centro Coronário o ponto de interação entre as forças determinantes do Espírito e as forças fisiopsicossomáticas organizadas. Dele parte, desse modo, a corrente de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, ideias e ações, tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e conduta.
A mente elabora as criações que lhe fluem da vontade, apropriando-se dos elementos que a circundam, e o Centro Coronário incumbe-se automaticamente de fixar a natureza da responsabilidade que lhes diga respeito, marcando no próprio ser as consequências felizes ou infelizes de sua movimentação consciencial no campo do destino.
Situa-se no alto da cabeça, como uma coroa e está ligado à Glândula Pineal, ilustrada na Fig.19, que pode ser considerada como uma antena biológica do Homem. A Glândula Pineal poderá ter na sua constituição cristais que vibram conforme as ondas eletromagnéticas captadas, o que explicaria a regulação do ciclo menstrual conforme as fases da lua, ou a orientação de uma andorinha nas suas migrações. É esta glândula que nos poderá dar a capacidade de descodificar e compreender as razões e motivos da existência de Fenómenos Paranormais, entre eles a Clarividência, a Telepatia e a Mediunidade. Pode ser o portal da espiritualidade, por onde nos ligamos ao nosso inconsciente, ao nosso Eu Superior e ao Universo. Apenas se Sabe que a Glândula de Pineal é responsável pela produção da melatonina, substância reguladora do sono e que rege toda a atividade cerebral.

Fig. 19 – Detalhe Glândula Pineal. Fonte: piramideluz.blogspot.com
Caso deseje, você também pode baixar este artigo em formato de pdf clicando no botão abaixo: