Esferas Espirituais, Lama Negra, Sol Negro e Abismo – Parte I

I – Introdução – Considerações de Ramatis

  • Quando o Espírito não consegue expurgar todo o conteúdo venenoso do seu Perispírito numa só existência física, ele desperta no Além, sobrecarregado de magnetismo primário, denso e hostil. Em tal caso, devido à própria “Lei dos Pesos Específicos”, ele cai automaticamente nas Zonas Astralinas Pantanosas, ou seja, no reservatório oculto das forças instintivas responsáveis pela vida animal;
  • Depois de atraído para esses pântanos do Astral Inferior, onde predominam em continua ebulição as energias primárias criadoras do corpo animal, ele é submetido à terapêutica obrigatória de purgação no lodo absorvente, embora tal processo lhe seja incômodo, doloroso e repugnante. Sob esse tratamento cáustico da Lama Astralina absorvente, eles se libertam, pouco a pouco, das excrescências, nódoas, venenos e das “crostas fluídicas” que nasceram no seu tecido perispiritual por efeito dos seus atos pecaminosos vividos na matéria. Embora sofram muitíssimo nos Charcos Astralinos, isso os alivia da carga mefítica acumulada na Terra, assim como o seu psiquismo enfermo, depois de chicoteado pela dor cruciante, desperta e corrige-se para viver existências futuras mais educativas e menos animalizadas;
  • Tanto a Terra quanto o mundo Astral que a rodeia e a interpenetra por todos os poros, são palcos de redenção espiritual para os Espíritos enfermos livrarem-se dos detritos mórbidos produzidos pelas suas imprudências pecaminosas. Os Charcos do Astral Inferior lembram os recursos de que se servem alguns institutos de beleza, na Terra, quando também usam a lama terapêutica para limpar a pele das mulheres e remover-lhes certas nódoas ou manchas antiestéticas. Há, também, certa analogia desses pântanos Astralinos com a natureza absorvente de um tipo de barro e de areia terrena, que habitualmente são usados no processo de imersão dos enfermos para o tratamento do reumatismo;
  • As emanações mentais são constituídas de figuras ou de manchas vivas, de aspecto gelatinoso, às vezes muito se assemelham a finíssima parafina viscosa, de um colorido escuro e sujo, agitando-se sob o impulso da mente que as criou. Elas são providas de movimentos súbitos, larvais ou ofídicos, como se fossem agitadas por deslocamento do ar; por vezes são de formas grotescas, iguais a minúsculos morcegos ou pequeninos polvos de tentáculos finíssimos e movimentos vermiformes. Depois de criadas pela mente enfermiça, elas procuram pólos simpáticos, onde tentam fixar-se definitivamente, nas condições de vida parasitária. Mas não tardam em ser atraídas por outras criaturas que “pensam” na mesma faixa vibratória desregrada, então se encorpam, criam ânimo novo e se ajustam ao halo mental dos seres emcarnados imprudentes que as atraem, para em seguida acicatarem maior produção de substância igual, das quais procuram nutrir-se para a continuidade de uma vida efêmera e execrável;
  • Os “Charcos” de fluidos nocivos no Astral Inferior emitem fluidos perniciosos e junto com as emanações mentais da humanidade terrena formam atmosfera perniciosa no Astral. As criaturas desregradas, através do poder psíquico, produzem formas de larvas, lampreias, elementais ou amebas fluídicas, que são produzidas pelos pensamentos impuros e pelos detestáveis sentimentos das almas delinquentes;
  • Existem os reservatórios de substâncias deletérias mentais, que servem de atração para aves, animais e répteis do Astral Inferior, tratando-se de zonas densas para onde se canalizam mais diretamente as energias negativas, em suas formas elementais, quando ainda possuem grande vitalidade. Sendo de configurações repelentes, chegam a provocar a voracidade das feras e das aves Astrais. Nesses reservatórios se recolhem o lixo e os detritos mentais e emotivos que sobejam na atmosfera terrena, pois em face da baixa vibração do meio, os produtos do pensamento e das paixões aviltantes dos encarnados precipitam-se nesses vales sombrios e densos;
  • Embora as regiões do Baixo Astral guardem uma semelhança geral entre si, possuem características distintas e são denominadas de vales, grotões, encostas, coxilhas, vargens ou desfiladeiros, etc. Em torno das regiões onde se aglomeram os habitantes de um país, ou mesmo de uma cidade ou lugarejo, analogamen-te também se formam “Zonas Atrativas”, do Astral Inferior, congregando-se nelas as substâncias consumidas no uso e abuso das paixões e dos pensamentos deploráveis, que se transformam em reservatórios Astralinos ou então em charcos pestilenciais;
  • O halo mental de um Espírito do quilate de Francisco de Assis ou de Buda emitem luzes poderosas que são capazes de destruir e carbonizar qualquer expressão deletéria ou “Pensamento- Forma” inferior, que porventura tentasse se infiltrar em suas mentes buscando alimento mórbido ou vida parasitária. É por isso que os Espíritos maldosos, sediados no Astral Inferior, ficam apavorados diante da luz fulgurante dos Espíritos Angélicos, pois essa luz põe a descoberto a epiderme dos primeiros, crestada pelas aderências e substâncias nocivas que foram ali petrificadas sob o descontrole mental e a perversão emotiva.

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