I – Definições Clássicas de Elementais
Elemental é o nome dado a toda e qualquer Entidade Espiritual que exista na Natureza.
De acordo com Paracelso, os Elementais não seriam nem criaturas Espirituais nem materiais, sendo compostos de substância Etérea. Em suma, esses seres ocupariam um lugar entre os homens e os Espíritos.
Todo princípio Divino, após emanar-se do “Absoluto”, deve iniciar seu processo de desenvolvimento incorporando-se à matéria. Essa incorporação, acontece consoante a uma ordem estabelecida.
Os Princípios Divinos devem iniciar sua jornada no mundo material incorporando-se inicialmente ao Reino Mineral. Após o aprendizado neste reino, o Princípio Divino deve passar ao seguinte estágio, ou seja, ao Reino Vegetal. Após concluir o aprendizado no Reino Vegetal, o princípio Divino deve passar ao Reino Animal, e, posteriormente, ao Estado Humano.
Os Elementais são seres que ainda não passaram pela fase de Humanidade. Oriundos dos reinos inferiores da Natureza e mais especificamente do Reino Animal, ainda não ingressaram na espécie humana. Por essa razão trazem um conteúdo instintivo e primário muito intenso. Para eles, o homem pode ser considerado como um Deus. É habitual, e até natural, que obedeçam ao ser humano e, nesse processo, ligam-se a ele intensamente. Portanto, todo Médium é responsável pelo bom ou mau uso que faz dessas potências e seres da Natureza em seus trabalhos.
Os Elementais da Natureza são Entidades feitos de “Pura Energia”. São os responsáveis por passar para o mundo físico, ou seja, para o mundo das Energias densas, como as plantas, as flores, as pedras, os animais, etc, toda a energia necessária para que tudo possa se desenvolver e permanecer. São uma espécie de condutores de vida, ou seja, trazem a energia de planos superiores, através dos Fluidos Cósmicos, até nosso mundo, possibilitando a construção das formas de tudo que existe.
Operam, sempre supervisionados e dirigidos por Espíritos Superiores, que os orientam nas atividades a serem executadas.
O processo de Humanização, ou, mais precisamente, o instante sideral em que adquirem a luz da razão e passam a ser Espíritos humanos, apenas o Cristo conhece. Jesus, como representante máximo do Pai no âmbito do planeta Terra, é o único que possui o conhecimento e o poder de conceder a esses seres a luz da razão. Esta transição deve ocorrer em Mundos Especiais, preparados para esse tipo de evolução.
Quando soar a hora certa no calendário da eternidade, esses seres serão conduzidos aos Mundos Primitivos, onde vivenciarão suas primeiras encarnações junto às humanidades desses Orbes.
Paracelso, 1493-1541
Escreveu o primeiro livro sobre os Elementais com o título “Liber de Nymphis, Sylphis, Pygmaeis et Salamandris et de Caeteris Spiritibus”,publicado em 1566, somente após a sua morte. Neste livro, Paracelso descreve as criaturas que estão na Natureza, como elas devem ser entendidas e porque foram criadas por Deus.
Paracelso
Já naquela época, ou seja, bem anterior ao Espiritismo, afirmava que o homem possuía um Corpo Elementar (Físico), um Espírito Sideral (Períspirito) e uma Alma Imortal (Mental Superior/Corpo Búdico/Átmico). Os Elementais não possuem o “Corpo Superior”, e portanto não podem ser considerados como um Espírito propriamente dito. Devem ser denominados de Entidades Espirituais ligado a Natureza → por não possuírem a parte superior do Corpo Espiritual não conseguem ter a consciência do Livre-Arbítrio, e por isto não tem consciência se estão fazendo o Bem ou o Mal. Nas suas atividades normais são orientados por Espíritos Superiores Especializados nos Fenômenos da Natureza, porém podem também ser controlados por Magos Negros, ou mesmo por Médiuns, para trabalhos para o Mal.
Papus, 1865-1916
O caráter essencial dos Elementais é animar instantaneamente as formas de substância Astral (Fluido Cósmico) que se condensa em volta deles. Seu aspecto é variável e estranho pois ora são como uma multidão de olhos fixos sobre um indivíduo, ora são pequenos pontos fixos luminosos rodeados de aura fosforescente. Podem, ainda, parecer criaturas indefinidas, combinações de formas humanas e/ou com animais.
Ainda segundo Papus, cada Elemental deve ser invocado pelo nome de seu Gênio, Gob é o Gênio da terra, Djin é o Gênio do fogo, Paralda é o Gênio do ar, e Nicksa é o Gênio da água.
Papus
Os Elementais são invocados pela prece e o ritual completo prevê o uso do Círculo Mágico, com o magista voltado para o ponto cardeal correspondente, apresentando o instrumento característico de cada um, chamando-os pelo nome de seus Gênios. O Círculo Mágico garante o isolamento e proteção contra qualquer surpresa da parte das potências do Astral.
Os Seres Elementais, irmãos nossos na criação Divina, têm uma espécie de consciência instintiva, pois a sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se agrupam em famílias. Através dos Elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a Ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais.
Na Doutrina Gnóstica se diz que dentro de cada Elemental, não importa seu grau evolutivo, dentro do Reino Elemental, possui uma Essência Espiritual, uma Chispa Divina, essencialmente Divina quanto a Essência Humana→ o Gnosticismo designa um conjunto de crenças de natureza filosófica e religiosa, cujo princípio básico assenta-se na ideia de que há em cada homem uma essência imortal que transcende o próprio homem.
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