Colônias Espirituais e Cidades Trevosas

I – Cidades Trevosas (Colônias Purgatoriais)

Livro “Libertação”, o Instrutor Espiritual Gúbio define que:

  • Para muitas criaturas, é difícil compreender a arregimentação inteligente dos espíritos perversos. Entretanto, é lógica e natural. Se ainda nos situamos distantes da santidade, não obstante os propósitos superiores que já nos orientam, que dizer dos irmãos infelizes que se deixaram prender, sem resistência, às teias da ignorância e da maldade? Não conhecem região mais elevada que a esfera carnal, a que ainda se ajustam por laços vigorosos. Enleados em forças de baixo padrão vibratório, não apreendem a beleza da vida superior e, enquanto mentalidades frágeis e enfermiças se dobram humilhadas, os gênios da impiedade lhes traçam diretrizes, enfileirando-as em comunidades extensas (verdadeiras cidades espirituais do mal) e dirigindo-as em bases escuras de ódio aviltante e desespero silencioso;
  • Organizam, assim, verdadeiras cidades, em que se refugiam falanges compactas de almas que fogem, envergonhadas de si mesmas, ante quaisquer manifestações da Divina Luz. Filhos da revolta e da treva aí se aglomeram, buscando preservar-se e escorando-se, aos milhares, uns nos outros;
  • Tais Colônias perturbadoras devem ter começado com as primeiras inteligências terrestres entregues à insubmissão e à indisciplina, ante os ditames da Paternidade Celestial. A alma caída em vibrações desarmônicas, pelo abuso da liberdade que lhe foi confiada, precisa tecer os fios do reajustamento próprio e milhões de irmãos nossos se recusam a semelhante esforço, ociosos e impenitentes, alongando o labirinto em que muitas vezes se perdem por séculos. Inabilitados para a jornada imediata, rumo ao Céu, em virtude das paixões devastadoras que os magnetizam, arrebanham-se de conformidade com as tendências inferiores em que se afinam, ao redor da Crosta Terrestre, de cujas emanações e vidas inferiores ainda se nutrem, qual ocorre aos próprios homens encarnados. O objetivo essencial de tais exércitos sombrios é a conservação do primitivismo mental da criatura humana, a fim de que o Planeta permaneça, tanto quanto possível, sob seu jugo tirânico;
  • Por que motivo se aglomeram, assim, através de ajuntamentos desprezíveis e diabólicos? Fácil de entender-se a jornada evolutiva do homem, depois do sepulcro, mas o estacionamento deliberado, na crueldade e no ódio, além da morte, dá para confundir a mente de qualquer um. É razoável que a mente perturbada sofra amarguras de reajustamento até que se restaure; todavia, apropriar-se um espírito desencarnado de certos setores do caminho, como se fora deles senhor absoluto para perpetuar sua tirania, é observação que me escapava;
  • É compreensível a opção de certos Espíritos pela casa escura do crime, depois do túmulo, qual ocorre a milhões de entidades encarnadas que, em plena harmonia com a natureza terrestre, estima em viver no domicílio da enfermidade? Atitudes mentais enraizadas não se modificam facilmente. O rei que governa milhares, o condutor que se acostumou a traçar férreas diretrizes, o homem que se habituou a dobrar caracteres alheios, quando não dispõem de princípios santificantes, no terreno idealístico, para se alimentarem intimamente na tarefa a que se consagram, não se transformam em servidores humildes de um momento para outro, só porque se desfizeram da carga de células materiais. Quando não se recomendam aos precipícios da loucura, no eclipse total da razão por tempo indeterminável, em vista dos desvarios na intelectualidade e no poder ↔ para quem anestesiou as faculdades no prazer fugitivo, a separação da carne geralmente constitui acesso a doloroso estágio na incompreensão, de modo que a colheita de personalidades desequilibradas é sempre inquietante, conservando quase inalteradas as fileiras escuras dos insensatos cultivadores da satisfação egoística a qualquer preço. Loucos perigosos e voluntários, dirigidos por inteligências soberanas, especializadas em dominação, constituem hordas terríveis que, a bem dizer, vigiam as saídas das esferas inferiores em todas as direções ↔ Além disto, é necessário reconhecer que se o lapidário aprimora a pedra, usando lima resistente, o Senhor do Universo aperfeiçoa o caráter dos filhos transviados de sua Casa, usando corações endurecidos, temporariamente afastados de sua Obra Divina. Nem sempre o melhor Juiz pode ser o homem mais doce…………………….;
  • Tais Espíritos formam associações enormes e compactas, com base nas emanações da Crosta do Mundo, onde milhões de homens e mulheres lhes sustentam as exigências mais baixas; fazem vida coletiva provisória à força de sugarem as energias da residência dos irmãos encarnados, qual se fossem extensa colônia de criminosos, vivendo a expensas de generoso rebanho humano como o homem encarnado se alimenta do rebanho bovino. O perseguidor invisível aos olhos terrestres erige agrupamentos para culto sistemático à revolta e ao egoísmo, e o homem encarnado, senhor de valiosos patrimônios de conhecimento santificante, garante-lhe a obra nefasta pela fuga constante às obrigações divinas de cooperador de Deus, no plano de serviço em que se localiza, alimentando uma ruinosa aliança;
  • Há milhões de almas que se não afastaram, ainda, da Crosta Terrestre, há mais de dez mil anos. Morrem no corpo denso e renascem nele, qual acontece às árvores que brotam sempre, profundamente arraigadas no solo. ecapitulam, individual e coletivamente, lições multimilenárias, sem atinarem com os dons celestiais de que são herdeiras, afastadas deliberadamente do santuário de si mesmas, no terreno movediço da egolatria inconsequente, agitando-se, de quando em quando, em guerras arrasadoras que atingem os dois planos, no impulso mal dirigido de libertação, através de crises inomináveis de fúria e sofrimento. Destroem, então, o que construíram laboriosamente e modificam processos de vida exterior, transferindo-se de civilização;

Livro “Libertação”, Cap.4, é descrito com detalhes uma destas Cidades Umbralinas

– Após a travessia de várias regiões, “em descida”, com escalas por diversos postos e instituições socorristas, penetramos vasto domínio de sombras. A claridade solar jazia diferençada. Fumo cinzento cobria o céu em toda a sua extensão. A volitação antes fácil se fazia impossível. A vegetação exibia aspecto sinistro e angustiado. As árvores não se vestiam de folhagem farta e os galhos, quase secos, davam a ideia de braços erguidos em súplicas dolorosas; aves agoureiras de grande tamanho, de uma espécie que poderá ser situada entre os corvídeos, crocitavam em surdina, semelhando-se a pequenos monstros alados espiando presas ocultas.

O que mais contristava, porém, não era o quadro desolador, mais ou menos semelhante a outros de meu conhecimento, e, sim, os apelos cortantes que provinham dos “Charcos”. Gemidos tipicamente humanos eram pronunciados em todos os tons;

– Quem chorava nos vales extensos de lama? Criaturas que houvessem vivido na Terra que recordavamos ou duendes desconhecidos para nós? De quando em quando, grupos hostis de entidades espirituais em desequilíbrio nos defrontavam, seguindo adiante, indiferentes, incapazes de registrar-nos a presença. Falavam em alta voz, em português degradado, porém inteligível, evidenciando, pelas gargalhadas, deploráveis condições de ignorância. Apresentavam-se em trajes bisonhos e conduziam apetrechos de lutar e ferir↔ Não estamos em cavernas infernais, mas atingimos grande império de inteligências perversas e atrasadas, anexo aos círculos da Crosta, onde os homens terrestres lhes sofrem permanente influenciação ↔ reparei, confundido, que a voluntária integração com os elementos inferiores do plano nos desfigurava enormemente.

Pouco a pouco, sentimo-nos pesados e tive a ideia de que fora, de improviso, religado, de novo, ao corpo de carne, porque, embora me sentisse dono da própria individualidade, me via revestido de matéria densa, como se fosse obrigado a envergar inesperada armadura ↔ centenas de milhares de criaturas aqui padecem amargos choques de retorno à realidade, sob a vigilância de tribos cruéis, formadas de espíritos egoístas, invejosos e brutalizados. Para a sensibilidade medianamente desenvolvida, o sofrimento aqui é inenarrável;

– Em minutos breves, penetramos vastíssima aglomeração de vielas, reunindo casario decadente e sórdido. Rostos horrendos contemplavam-nos furtivamente, a princípio, mas, à medida que varávamos o terreno, éramos observados, com atitude agressiva, por transeuntes de miserável aspecto. Alguns quilômetros de via pública, repletos de quadros deploráveis, desfilaram aos nossos olhos. Mutilados às centenas, aleijados de todos os matizes, entidades visceralmente desequilibradas, ofereciam-nos paisagens de arrepiar.

Impressionado com a multidão de criaturas deformadas que se enfileiravam sob nosso raio visual, perfeitamen-te arrebanhadas ali em experiência coletiva, enderecei algumas interrogações ao instrutor, em tom discreto ↔ que empório extravagante era aquele? Algum país onde vicejassem tipos sub-humanos?

Eu sabia que semelhantes Palácios estranhos surgiam imponentes, revestidos de claridade abraseada, semelhante à auréola do aço incandescente. Praças mal cuidadas, cheias de pessoas, ostentavam carros soberbos, puxados por escravos e animais. O aspecto devia, a nosso ver, identificar-se com o das grandes cidades do Oriente, de duzentos anos atrás;

– Liteiras e carruagens transportavam personalidades humanas, trajadas de modo surpreendente, em que o escarlate exercia domínio, acentuando a dureza dos rostos que emergiam dos singulares indumentos. Respeitável edifício destacava-se diante de uma fortaleza, com todos os característicos de um Templo, e o orientador confirmou-me as impressões, asseverando que a casa se destinava a espetaculoso culto externo ↔ o esquisito palácio guardava a forma de enorme hexágono, alongando-se para cima em torres pardacentas, e reunia muitos salões consagrados a estranhos serviços. Iluminado externa e interiormente pela claridade de volumosos tocheiros, apresentava o aspecto desagradável de uma casa incendiada;

– O Perispírito de todos os que aí se enclausuravam, pacientes e expectadores, mostrava a mesma opacidade do corpo físico. Os estigmas da velhice, da moléstia e do desencanto, que perseguem a experiência humana, ali triunfavam, perfeitos↔ a identificação de males numerosos, através das cores que caracterizam o halo dos Espíritos ignorantes (Aura), perversos e desequilibrados → existem nestas Cidades Trevosas, Tribunais especialzados para o julgamento destes Espíritos sofredores e decaídos ↔ vide Livro “Libertação”, Cap.5.

II – Postos de Socorro Espirituais

  • Prestaremos o auxílio que nos seja possível à organização (possivelmente de Nosso Lar) e asilaremos os irmãos que nos cabe socorrer. Não fossem esses pousos de amor, tornar-se-ia muito difícil nosso trabalho. Raramente encontramos companheiros carnais em condições de atravessarem semelhante zona, imediatamente após a morte física. Quase todos permanecem estonteados, nos primeiros dias. Se entregues à própria sorte, seriam fatalmente agredidos pelas entidades perversas, ou habilmente desviados por elas do bom caminho de restauração gradual das energias interiores. Daí a necessidade desses abrigos fraternais, em que almas heroicas e dedicadas ao sumo bem se consagram a santificadas tarefas de amparo e vigilância;
  • Temos, à frente, acolhedora casa de transição, destinada a socorros urgentes. É Asilo Móvel (tipo de uma gigantesca Nave Espacial) que atende segundo as circunstâncias do ambiente. Sofre permanente cerco de Espíritos desesperados e sofredores, condenados pela própria consciência à revolta e à dor. Suas defesas eletromagnéticas exigem considerável número de servidores e os amigos da piedade e da renunciação, que aí atendem, e passam dia e noite ao lado do sofrimento. Todavia, o trabalho desta Casa é dos mais dignos e edificantes. Neste edifício de benemerência cristã, centralizam-se numerosas expedições de irmãos leais ao bem, que se dirigem à Crosta Planetária ou às esferas escuras, onde se debatem na dor seres angustiados e ignorantes, em trânsito prolongado nos abismos tenebrosos. Além disso, a Casa Transitória de Fabiano, à maneira de outras instituições salvadoras que representam verdadeiros templos de socorro nestas regiões, é também precioso ponto de ligação com as nossas cidades espirituais em zonas superiores;
  • Alguns séculos, prosseguiu a diretora Zenóbia, de reencarnações terrestres constituem tempo escasso para reeducar inteligências pervertidas no crime. É por isso que os trabalhos retificadores continuam vivos, além da morte do corpo físico, obrigando os servos da verdade e do bem a suportar os irmãos menos felizes, até que se arrependam e se convertam……………………….;
  • Fomos, então, convidados pelo novo amigo a visitar o interior e deparamo-nos com extensos dormitórios e estreitos cubículos (Enfermaria), em que se localizavam doentes e necessitados de vários matizes. Atravessamos, igualmente, compridas salas de estudo e complicados laboratórios, notando-se que ali todo o espaço era rigorosamente aproveitado ↔ erguido à base de substância singularmente leve, esclareceu: É tipo de construção para movimento aéreo, mudando-se, sem maiores dificuldades, de uma região para outra, atendendo às circunstâncias. A “Nota do Dia” vinda do Plano Superior, avisa quando os Desintegradores Etéricos (equipamentos específicos) passarão pela região do abrigo. Quando o Fogo Etérico vem queimar os resíduos da região, a Casa Transitória é obrigada a transportar-se (decolar) a caminho de outra zona;
  • Não conseguiria estabelecer comparações apreciáveis, mesmo porque, durante todo o tempo de nossa permanência no Instituto, estiveram acesas as luzes artificiais. Denso nevoeiro abafava a paisagem, sob o céu de chumbo e, ao que fui informado, grandes aparelhos destinados à fabricação de ar puro funcionavam incessantemente, na casa, renovando o ambiente geral. Víamos o Sol, fundamente diferençado, em pleno crepúsculo. Semelhava-se a um disco de ouro velho, sem qualquer irradiação, a perder-se num oceano de fumo indefinível. Cotejando a situação com os quadros primaveris da Crosta Planetária, os ocasos da esfera carnal parecem verdadeiras decorações do paraíso;
  • Permanecíamos em região onde a matéria obedecia a outras leis, interpenetrada de princípios mentais extremamente viciados. Congregavam-se aí longos precipícios infernais e vastíssimas zonas de purgatório das almas culpadas e arrependidas. Na verdade, muita vez viajara entre a nossa colônia feliz e o plano crostal do planeta, atravessando lugares semelhantes, mas nunca me demorara tanto em círculo desagradável e escuro como esse. A ausência de vegetação, aliada à neblina pesada e sufocante, infundia profunda sensação de deserto e tristeza;
  • Decorridos alguns instantes, atravessávamos as barreiras magnéticas de defesa e púnhamo-nos a caminho. Vagavam no espaço estranhos sons. Ouvia perfeitamente gritos de seres selvagens e, em meio deles, dolorosos gemidos humanos, emitidos, talvez, a imensa distância. Após alguns minutos de marcha, surgiu-nos a Lua, como bola sangrenta, através do nevoeiro, espalhando escassos raios de luz. Poderíamos identificar, agora, certas particularidades do terreno áspero. Atingimos zona pantanosa, em que sobressaía rasteira vegetação. Ervas mirradas e arbustos tristes assomavam indistintamente do solo. Fundamente espantado, porém, ao ladear imenso charco, ouvi soluços próximos. Guardava a nítida impressão de que as vozes procediam de pessoas atoladas em repelentes substâncias, tais as emanações desagradáveis que pairavam no ar. Figuras animalescas e rastejantes, lembrando sáurios de descomunais proporções, avançaram para a nossa caravana, ausentando-se da zona mais funda dos charcos. Eram em grande número, e davam para estarrecer o ânimo mais intrépido, abeirando-nos do vale de treva e sofrimento;
  • A sombra tornava-se, de novo, muito densa e não se conseguia divisar o recôncavo. Frases comovedoras, porém, subiam até nós. Dolorosos ais, blasfêmias, imprecações. Guardava a ideia de que vastíssimo agrupamento de infelizes se rebolcava no solo, em baixo. Os impropérios infundiam receio; contudo, os gemidos ecoavam-me angustiosamente n’alma. Longas filas de sofredores acorriam de todos os recantos, fitando-nos à claridade das tochas, à distância de trinta metros, aproximadamente. Estendiam-se em vasta procissão de duendes silenciosos e tristes, parecendo guardar todas as características das enfermidades físicas trazidas da Crosta, no campo impressivo do Corpo Astral. Viam-se ali necessitados de todos os tipos: Aleijões, feridas, misérias exibiam-se ao nosso olhar, constringindo-nos os corações. Muitos deles, ajoelhados, talvez na suposição de que fôssemos Embaixadores do Celeste Poder em visita ao purgatório desditoso, mantinham-se em posição de supremo respeito, embora deixando transparecer, na face angustiada, indescritíveis padecimentos;
  • Entre a multidão compacta e nós outros, cavava-se profundo fosso, e, onde surgiam possibilidades de transposição mais fácil, reuniam-se pequenos grupos de entidades que se revelavam por sinistra expressão fisionômica. Não podia abrigar qualquer dúvida. Aqueles rostos agressivos e duros sustentavam severa vigilância. Que faziam aí semelhantes verdugos? Permaneceriam dirigidos por potências vingadoras, com poderes transitórios na zona das trevas, ou agiriam por sua conta própria, obedientes a desvairadas paixões da mente em desequilíbrio? Quando os rogos cresceram, partindo de tantas bocas, os verdugos empunharam látegos sinistros, espalhando vergastadas, quase que indiscriminadamente. A maioria dos pobres, que se mantinham genuflexos, debandou em passos tão apressados quanto lhes era possível, regressando aos ângulos sombrios do vale fundo. Alguns, porém, suportavam os golpes, heroicamente, prosseguindo de joelhos e contemplando-nos, ansiosos ↔ somente os Espíritos verdadeiramente arrependidos, e com merecimentos à ajuda, é que são recolhidos a Casa Transitória. Nesta fase aparecem um halo de luz em suas cabeças e automaticamente levitam do solo pantanoso até a Casa Transitória.

III – Colônias Espirituais

Colônia Espiritual, Cidade Espiritual, Comunidade Espiritual ou Mundos Tansitórios é o lugar onde vivem os espíritos após a morte. Existem vários tipos de Colônias Espirituais: Colônias Correcionais, de Estudo e Desenvolvimento das Artes, Socorristas, Pesquisa no Autoconhecimento e Científicas e várias outras.

Nestas Colônias os espíritos trabalham, mandam mensagens espirituais para as pessoas encarnadas, se recuperam, preparam-se para encarnar novamente, além de muitas outras coisas.

O conhecimento da existência de Cidades Espirituais somente foi aceito, entendido amplamente (na nossa era e na Sociedade Ocidental) a partir dos Gregos com a existência do Olimpo, a morada dos Deuses, local onde seres espirituais viviam, moravam, trabalhavam, sonhavam e conspiravam. Esta ideia original e imperfeita foi depois melhorada por Sócrates e Platão.

Mais recentemente, outra ideia muito pálida foi trazida por Allan Kardec nas respostas dos espíritos, onde se falou da existência de “Acampamentos Espirituais”. Há alguns anos, através de Chico Xavier, as noções mais detalhadas da rotina das Cidades Espirituais vieram a ser conhecidas e divulgadas.

Outras informações de grande importância foram vindo ao conhecimento nos últimos 45 anos, não apenas das atividades locais destas Colônias-Cidades, mas de todo o contexto planetário nesta transição de eras que passamos.

Iniciou-se também um grande esforço da Grande Fraternidade Branca junto aos novos servidores de Luz planetária e começaram a surgir uma imensa literatura mundial sobre esta realidade. A verdade é que milhares de Colônias Espirituais existem em torno da Terra cada uma em determinada faixa de vibração.

(a)

(b)

Fig.1 – Colônias Espirituais no Brasil

Fig. 2 – Imagens da Colônia Nosso Lar – Parte I

Fig. 3 – Imagens da Colônia Nosso Lar – Parte II

Anexo I – Cidade Celeste

Quando Joaquim Pires desencarnou (9), crente sincero e praticante assíduo que fora do Evangelho, procurou, imediatamente, as portas do Céu para atingir ao Paraíso Beatífico.

Antes de se entregar a maiores perquirições íntimas, simpático mensageiro veio recebê-lo no limiar. É aqui o Paraíso? Inquiriu à maneira do sertanejo bisonho que visita grande metrópole pela primeira vez.

– Sim, informou o interpelado, gentilmente, estamos numa Cidade Celestial.

De tímpanos aguçados, Pires registrou a chamada dos clarins de serviço. Há, nesta cidade, horários, distribuição de tarefas, responsabilidades individuais, disposições de lei, lutas e conflitos?

– O mensageiro esboçou expressivo gesto de complacência e observou: Acredita que a morte da carne, mero fenômeno da Natureza, purifique o Espírito milagrosamente? Temos enormes quantidades de serviço a fazer. E o repouso para nós é lição, reparo ou estímulo. Nossa felicidade não se cristalizaria em altares imóveis.

Existe aqui chefia e subalternidade?

– Perfeitamente.

Servidores melhores e piores?

– Sim, em mais elevado padrão de justiça e aproveitamento.

Há estudos e provas, especializações e obrigações?

– Muito além dos ensaios que efetuamos na Terra…

Há probabilidades de erro e dúvida, discussão e negação?

– Em todas as rotas de ação, porque o livre-arbítrio da alma evolvida é naturalmente a cooperar na estruturação dos destinos, com a supervisão da Vontade de Deus.

Consequentemente, prosseguiu Joaquim, há reparações e punições, desequilíbrios e dificuldades.

– Exatamente. Você não ignora que onde o erro é possível deve existir recurso para a corrigenda.

Procuro o repouso inalterável… Quem sabe resplandece em Esfera mais elevada o céu que busco?

Assim não é – disse-lhe o interlocutor. Quanto mais alto subir, mais trabalho encontrará, embora em condições diferentes. O Paraíso Beatífico imaginado pela Teologia Infantil dos homens não existe nas Realidades Espirituais.

Anexo II – Colônia Sol Nascente

Anexo III – Colônia Euripdes Barsanufo

Bibliografia

1 – O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – Tradução: Evandro Noleto Bezerra – FEB – 2008;

2 – Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Tradução: Salva-dor Gentile – IDE – 1974;

3 – Vivendo o Evangelho – Vol I e II – André Luiz e Antô-nio Baduy Filho – IDE – 2010;

4 – Estude e Viva – Emmanuel, André Luiz, Chico Xavier e Valdo Vieira – FEB – 1965;

5 – O Espírito da Verdade – Emmanuel, André Luiz, Espíritos Diversos, Chico Xavier e Valdo Vieira – FEB;

6 – O Evangelho por Emmanuel – Vol I a IV – Emmanuel, Chico Xavier e Saulo Cesar Ribeiro da Silva – FEB;

7 – O Consolador – Emmanuel e André Luiz – FEB – 1940; 8 – Renúncia – Emmanuel e Chico Xavier – FEB;

9 – Luz Acima – Humberto de Campos e Chico Xavier – FEB – 1942;

10 – Cidade no Além – Heigorina Cunha, André Luiz e Chico Xavier, IDE, 2008;

11 – Imagens do Além – Heigorina Cunha e Chico Xavier, IDE, 2008;

12 – Os Nephilins – Ângelo Ignácio e Robson Pinheiro, Casa dos Espíritos, 2015;

13 – Libertação – André Luiz e Chico Xavier, FEB, 1949.

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