Finda a cena brutal, em que o povo pretendia lapidar a mulher infeliz, na raça pública, Pedro, que seguia o Senhor, de perto, interpelou-o, zelosamente:
Mestre, desculpando os erros das mulheres que fogem ao ministério do lar, não estaremos oferecendo apoio à devassidão? Abrir os braços no espetáculo deprimente que acabamos de ver não será proteger o pecado?
Jesus meditou, meditou… e respondeu:
Simão, seremos sempre julgados pela medida com que julgarmos os nossos semelhantes.
Sim, clamou o Apóstolo, irritado, compreendo a caridade que nos deve afastar dos juízos errôneos, mas porventura conseguiremos viver sem discernir. Uma pecadora, trazida ao apedrejamento, não perturbará a tranquilidade das famílias? Não representará um quadro de lama para as crianças e para os jovens?
Ante as duras interrogações, o Messias observou, sereno:
Quem poderá examinar agora o acontecimento, em toda a extensão dele? Sabemos, acaso, quantas lágrimas terá vertido essa desventurada mulher até à queda fatal no grande infortúnio? Quem terá dado a esse pobre coração feminino o primeiro impulso para o despenhadeiro? E quem sabe, Pedro, essa desditosa irmã terá sido arrastada à loucura, atendendo a desesperadoras necessidades?
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