Compilação baseada, de modo resumido, nos Livros de Humberto de Campos, Emmanuel e Chico Xavier editados pela FEB.
Tema Principal – Maria, a Rosa Mística de Nazaré
I – Visita de Isabel a Nossa Senhora
Isabel cita que o Batista é dado a meditação e quase sempre se isola da comunidade, procurando locais agrestes.
Nossa Senhora responde que com Jesus é análogo, só que procura as regiões dos lagos ou entra em contato com os viajantes que passam por Nazaré, levando sempre uma palavra de consolo.
Após a famosa pregação no Templo de Jerusalém, Nossa Senhora procura o Sacerdote Eleazar para que o possa admitir no Colegiado Rabino.
Jesus, sabendo desta sua postura, em seguida a procura e lhe diz que: Mãe, toda preparação útil e generosa no mundo é preciosa, entretanto eu já estou com o Pai, o qual deseja a melhor exemplificação, a qual já escolhi → Jesus torna-se auxiliar de José em sua humilde carpintaria;
Cap.2 – Jesus e o Percursor, Livro” Boa Nova”, Humberto de Campos e Chico Xavier, FEB, 1941.
II – Palavras de Mãe
- “Sua Mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.” – (João 2:5)
- Também nós estamos na festa de noivado do Evangelho com a Terra. Apesar dos quase vinte séculos decorridos, o júbilo ainda é de noivado, porquanto não se verificou até agora a perfeita união……………. Nesse grande concerto da ideia renovadora, somos serventes humildes. Em muitas ocasiões, esgota- se o vinho da esperança. Sentimo-nos extenuados, desiludidos………. Imploramos ternura maternal e eis que Maria nos responde: Fazei tudo quanto ele vos disser → o conselho é sábio e profundo e foi colocado no princípio dos trabalhos de salvação ↔ escutando semelhante advertência de Mãe, meditemos se realmente estaremos fazendo tudo quanto o Mestre nos disse.
- O Evangelho é roteiro iluminado do qual Jesus é o centro divino. Nessa Carta da Redenção, rodeandolhe a figura celeste, existem palavras, lembranças, dádivas e indicações muito amadas dos que lhe foram legítimos colaboradores no mundo;
- Recebemos aí recordações amigas de Paulo, de João, de Pedro, de companheiros outros do Senhor, e que não poderemos esquecer;
- Temos igualmente, no Documento Sagrado, reminiscências de Maria. Examinemos suas preciosas palavras em Caná, cheias de sabedoria e amor materno;
- Geralmente, quando os filhos procuram a carinhosa intervenção de mãe é que se sentem órfãos de ânimo ou necessitados de alegria. Por isso mesmo, em todos os lugares do mundo, é comum observarmos filhos discutindo com os pais e chorando ante corações maternos;
- Interpretada com justiça por Anjo Tutelar do Cristianismo, às vezes é com imensas aflições que recorremos a Maria;
- Em verdade, o versículo do Apóstolo João não se refere a paisagens dolorosas. O episódio ocorre numa festa de bodas, mas podemos aproveitar- lhe a sublime expressão simbólica;
- Também nós estamos na festa de noivado do Evangelho com a Terra. Apesar dos quase vinte séculos decorridos, o júbilo ainda é de noivado, porquanto não se verificou até agora a perfeita união……………. Nesse grande concerto da ideia renovadora, somos serventes humildes. Em muitas ocasiões, esgota- se o vinho da esperança. Sentimo-nos extenuados, desiludidos………. Imploramos ternura maternal e eis que Maria nos responde: Fazei tudo quanto ele vos disser → o conselho é sábio e profundo e foi colocado no princípio dos trabalhos de salvação ↔ escutando semelhante advertência de Mãe, meditemos se realmente estaremos fazendo tudo quanto o Mestre nos disse.
Cap.171 – Palavras de Mãe, Livro” Caminho, Verdade e Vida”, Emmanuel e Chico Xavier, FEB, 1948.
III – Coração de Mãe, a Rosa Mística de Nazaré
- Dolorosa e comovedora é a carta de uma mulher maranhense que me chegou às mãos, trazida nas “asas de um avião trepidante e ruidoso”. Mãe desesperada, apela para os sentimentos de paternidade, que não me abandonaram no túmulo, e grita aflitivamente como se as suas letras tremidas fossem vestígios arroxeados do sangue do seu coração: Eu peço a Humberto de Campos que, mesmo do Além, salve o meu filho. Não pode negar uma esmola à minha alma de mãe extremosa;
- Eu daria tudo para enviar, a essa mulher sofredora da Terra, a certeza de que o seu filho é uma criatura predileta dos Deuses. Tudo faria para imitar aquelas mãos ternas e misericordiosas que pousaram sobre a fronte abatida do órfão da viúva de Naim, ressuscitando para um coração maravilhoso de Mãe. Que essa pobre mãe maranhense considere esses realismos que edificam e salvam;
- E, como um anjo de dor à cabeceira do seu filho, eleve o seu apelo ao coração augusto d’aquele que remove as montanhas com o sopro suave do seu amor. Sua oração subirá ao Infinito como um cálice de perfume derramado ao clarão das estrelas que enfeitam o trono invisível do Altíssimo, e, certamente, os Anjos da Piedade e da Doçura levarão a sua prece, como cândida oferta da sua alma sofredora, à magnanimidade daquela que foi a Rosa Mística de Nazaré. Nesse momento, o coração angustiado da mãe que chora, na Terra, se ilumine de uma claridade estranha e misericordiosa. Seu lar desditoso e humilde será, por instantes, um altar dessa luz invisível para os olhos mortais. Duas mãos de névoa translúcida pousarão como açucenas sobre a sua alma oprimida e uma voz carinhosa, embaladora, murmurará aos seus ouvidos: Sim, minha filha. Ouvi a tua prece e vim suavizar o teu martírio, porque também tive um filho que morreu ignominiosamente na cruz.
Cap.11 – Coração de Mãe, Livro” Crônicas de Além-Túmulo”, Humberto de Campos e Chico Xavier, FEB, 1937.
IV – Fidelidade de Mãe
- Quando Jesus ressurgiu do túmulo, a negação e a dúvida imperavam no círculo dos companheiros. Voltaria Ele? Perguntavam, perplexos. Quase impossível. Seria Senhor da Vida Eterna quem se entregara na cruz, expirando entre malfeitores? No colégio dos seguidores, travam-se polêmicas discretas. Seria? Não seria?
- Contudo, Jesus, o Amigo Fiel, mostra-se aos aprendizes no caminho de Emaús, que lhe reconhecem a presença ao partir do pão e, depois, aparece aos onze cooperadores, num salão de Jerusalém. As portas permanecem fechadas e, no entanto, o Senhor demora-se, junto deles, plenamente materializado;
- Em seguida, para que os velhos amigos se certifiquem da ressurreição, materializa-se num monte, aparecendo a quinhentas pessoas da Galiléia;
- Quando Jesus resolve buscar Saulo de Tarso para o seu ministério é compelido a materializar-se no caminho de Damasco, a plena luz do dia. Para que Ananias, o servo leal, dissipe o temor e vá socorre-lo, é imprescindível que Jesus o visite, em pessoa, novamente materializado, lembrando-lhe o obséquio fraternal;
- Todos os companheiros, aprendizes, seguidores e beneficiários solicitaram a cooperação dos sentidos físicos para sentir a presença do Divino Ressuscitado. Utilizaram-se dos olhos mortais, manejaram o tato, aguçaram os ouvidos,…………………..;
- Houve, contudo, alguém que dispensou todos os toques e associações mentais, vozes e visões. Foi Maria, sua Divina Mãe. O seu Filho Bem Amado vivia eternamente, no infinito mundo de seu coração. Seu olhar contemplava-o, através de todas as estrelas do Céu e encontrava-lhe o hálito perfumado em todas as flores da Terra;
- A voz d’Ele vibrava em sua alma e para compreender-lhe a sobrevivência bastava penetrar o iluminado santuário de si mesma → seu Filho – seu amor e sua vida – acaso, morreria? E embora a saudade angustiosa, consagrou-se à fé no reencontro espiritual, no plano divino, sem lágrimas, sem sombras e sem morte;
- Homens e mulheres do mundo, que haveis de afrontar, um dia, a esfinge do sepulcro, é possível que estejais esquecidos plenamente, no dia imediato ao de vossa partida, a caminho do Mais Além. Familiares e amigos, chamados ao imediatismo da luta humana, passarão a desconhecer-vos, talvez, por completo.
- Mas, se tiverdes um Coração de Mãe pulsando na Terra, regozijar-vos-eis, além da escura fronteira de cinzas, porque aí vivereis amados e felizes para sempre!
Cap.7 – Fidelidade de Mãe, Livro” Luz no Lar”, Humberto de Campos e Chico Xavier, FEB, 1968.
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