A Atitude do Guia

(Materialização de um Guia Espiritual na Grécia Antiga)

Compilação baseada, de modo resumido, no Cap. 48 – A Atitude do Guia, Livro: Luz Acima – Humberto de Campos e Chico Xavier, FEB, 1948.

Tema Principal

Aconteceu na Casa Espírita – 1

O Guia Espiritual de um Centro Espírita fazia uma preleção aos participantes, encarnados e desencarnados, presentes naquela sessão:

– Enriqueçamos as nossas vidas de luz, de amor e de caridade ao próximo. A morte é simples modificação de roteiros exteriores, preparando-nos a fim de atravessar-lhe os umbrais com uma provisão de luzes. A encarnação terrestre representa um curso de esclarecimento e ascensão. Alegria e dor, contentamento e insatisfação, fartura e escassez são oportunidades para a alma. O problema não é crer ou descrer, e sim aplicar os postulados da fé cristã às situações difíceis da experiência humana, para afastar as sombras da ignorância. A Previdência Celeste situa o Espírito em aprendizado laborioso para a própria felicidade. Se o Pai Supremo apenas aguardasse a adoração de um bando de crentes ociosos, como ficaria a grandiosa oficina do universo? O Sol e a Lua brilhariam, as Estrelas resplandeceriam e as árvores frutificariam sem quaisquer finalidades de progresso e aprimoramento? Contentar-se-ia o Todo Poderoso, o Criador Supremo, em erguer para os filhos da Terra apenas um templo suntuoso onde repousassaem indefinidamente, sem qualquer finalidade progressiva? É portanto indispensável que renovemos o nosso pensamento, elevando-nos em Espírito para a Imortalidade Vitoriosa. Para tanto existem as ferramentas para a edificação sublime no círculo da iluminação, denominadas de Obstáculos, Provas e Lutas. O Sofrimento por exemplo é o Aguilhão benéfico para evitar a queda nos despenhadeiros do mal. Devemos buscar e aproveitar as bênçãos renovadoras praticando a fraternidade em todos os seus ângulos. Não nos interessa mais o passado obscuro e sim a claridade do presente. Procuremos o bem e a verdade atento aos deveres cristãos, sem os quais é impossível pensar em mundos melhores, paisagens felizes e venturas sem fim.

Neste momento o Guia interrompeu sua comunicação, para que os presentes assimilassem seu conteúdo, quando foi subitamente arguido por um dos membros encarnados da reunião sobre problemas materiais, ao que o Guia polidamente replicou de modo genérico, para em seguida findar a comunicação.

Contudo no plano espiritual, um dos membros do grupo espiritual de apoio ao Centro Espírita, lhe argui sobre a incompreensão dos encarnados sobre a Palestra.

O generoso mentor espiritual então observou, longe de qualquer descontentamento: Não nos aflijamos por resultados imediatos em relação ao grupo de encarnados. Em particular, conheço este irmão que fez a pergunta, exatamente a dois mil e oitocentos anos atrás, quando ele era membro de uma associação de ensinos secretos no Templo dedicado a Zeus, em Olímpia, na Grécia Antiga. Eu era um humilde Instrutor Espiritual, e me materializava para explicar a simbologia dos mistérios órficos adaptados a Luz Divina. Em uma destas vezes, este mesmo irmão também me fez uma pergunta de ordem estritamente material, mostrando-se tal como nos dias de hoje, dois mil e oitocentos anos após, um caçador de arranjos materiais, totalmente despreparado para o Ensinos Espirituais.

Quanto a mim, continuo trabalhando a exatos vinte e oitocentos séculos para o benefício de todos.

Nesta altura, o querido Guia, fez a seguinte colocação: Há quantos milhares de anos tem o Divino Mestre Jesus nos auxiliado, recebendo a nossa impermeabilidade e resistência?

Em seguida, encerrou a reunião e convocou-nos para a próxima.