O Escriba Incrédulo

Descansava Jesus em casa de Igorin, o Curtidor, no vilarejo de Dalmanuta, quando Joab, Escriba em Cesareia, partiu à procura dele, em companhia de Zebedeu, pai de Tiago e João, que lhe devotava imensa estima.

Enquanto caminhava, depois de largada a barca, o amigo da cidade, que jamais contemplara o Doce Nazareno, falava compungido de mágoas que sofrera. Sentia-se doente, em suprema revolta. Desejava escutar o verbo do Senhor para certificar-se quanto à própria conduta. Dizia-se crivado de injustiça e calúnia.

Permutavam, assim, impressões espontâneas e afetuosas quando o lar de Igorin lhes surgiu pela frente, ao longe. Ao redor do tugúrio, congregavam-se enfermos, avultando, entre eles, um homem maduro e esbelto a gritar, estentórico como um louco, e que, guardado à pressa, excluiu-se do quadro, desafiando, assim, a curiosidade de ambos os viajores.

No átrio da casa pobre, indaga Zebedeu de uma velha aleijada quem era aquele mísero, e informa-lhe a anciã que se tratava de um louco infeliz à procura do Mestre. Nisso, Tiago e Pedro aparecem de chofre e dizem que Jesus pretendia descansar para as suas preces.

Joab, ouvindo isto, penetra sozinho pela casa, e encontra em quarto humilde o Cristo generoso, meditando em silêncio. Mestre! Clama, chorando, depois de confortado às saudações primeiras. Senhor, diz-lhe Joab, tenho o peito dorido e o pensamento em fogo, hu-milhado que estou por injúrias atrozes. Feriram-me, Senhor, eno-doando-me o nome e furtando-me o pão…….Que fazer ante o Mal que me ataca, insolente? De que modo portar-me, perante os inimigos que me cobrem de lodo?

Jesus: Perdoa, filho meu! Disse-lhe o Amigo Celeste.

Joab: Senhor, como esquecer malfeitores e ingratos?

Jesus: Anotando-lhes sempre a condição de enfermos.

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