I- Introdução
Cabe-nos declarar, formalmente, que não desconsideramos, de maneira alguma, a necessidade do estudo e da meditação, diante dos problemas do Universo, que nos compelem ao trato dos “Livros-Luzes”; nós, porém, os homens desencarnados, companheiros e devedores da multidão terrestre, atormentada pela fome de paz e esclarecimentos espirituais, não podemos olvidar que Jesus, ante o povo exausto e doente, ensinou as verdades espirituais mas multiplicou também o pão para a alimentação do corpo físico.
Irmão X ( Humberto de Campos ) / Uberaba, 20 de janeiro de 1964.
Na Vinha do Senhor
Instalado na casa modesta que seria, mais tarde, em Jerusalém, o primeiro Santuário dos Apóstolos, ou seja, a “Casa do Caminho”, Simão Pedro refletia… Recordava Jesus, em torno de quem havia sempre abençoado trabalho a fazer. Queria ação, suspirava por tarefas a realizar e, por isso, orava com fervor. Quando mais ardentes se lhe derramavam as lágrimas, com as quais suplicava do céu a graça de servir, eis que o Mestre lhe surge à frente, tão compassivo e sereno como nos dias inolvidáveis em que se banhavam juntos na mesma luz das margens do Tiberíades…
Senhor! Implorou Simão, aspiro a estender-te as bênçãos gloriosas!… Deixei o lago para seguir-te! Disseste que nos farias pescadores de almas!… Quero testemunhar a divina missão do teu Evangelho de amor e luz!… E porque o celeste visitante estivesse a fitá-lo em silêncio, Pedro acrescentou com a voz encharcada de pranto: Quando enviarás teu serviço às nossas mãos? Entreabriram-se de manso os lábios divinos e o apóstolo escutou, enquanto Jesus se fazia novamente invisível: Amanhã…amanhã………………………….
O antigo pescador, mais encorajado, esperou o dia seguinte. Aguardando o mandato do Eterno Benfeitor, devotou-se à limpeza doméstica, desde o nascer do sol, enfeitando a sala singela com rosas orvalhadas do amanhecer.
Primeiro Caso de Socorro Enviado por Jesus e Recusado por Simão Pedro
Enlevado em doce expectativa, justamente quando se dispunha à refeição matutina, ensurdecedora algazarra atinge-lhe os ouvidos. A porta singela, sob murros violentos, deixa passar um homem semi-nu, de angustiada expressão, enquanto lá fora bramem soldados e populares, sitiando o reduto. O recém-chegado contempla Simão e roga-lhe socorro. Tem lágrimas nos olhos e o coração lhe bate descompassado no peito. O anfitrião reconhece-o. É Joachaz, o malfeitor. De longo tempo, vem sendo procurado pelos agentes da ordem. Exasperado, Pedro responde, firme: Socorrer-te porquê? Não passas de ladrão costu-maz… E, de ouvidos moucos à rogativa, convoca os varapaus, entregando o infeliz, que, de imediato, foi posto a ferros, a caminho do cárcere.
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Anexo I- Casa do Caminho
Anexo II- Simão Pedro
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