O Médium Espírita – Parte I

Compilação resumida baseada no Cap.5 – O Médium Espírita, Livro”Estante da Vida”, Humberto de Campos e Chico Xavier, FEB, 1969.

Tema Principal – Mediunidade

Quando o Médium apareceu no Centro Espírita, decidido à tarefa que lhe fora confiada, abraçou o ser viço com ardor. No entanto dos cantos escuros do Centro saíram vozes: “Ainda não tem experiência”; “é um velho prematuro sem a chama do ideal”; “é temperamental, dado a chocarrisse”; “é explosivo dado a violência”; “é um ignorante que nada sabe”; “é um preguiçoso que não estuda”; “não possui fibras para testemunhos de fé “; “é um obssediado entregue a mistificação”; “é um vagabundo que nada quer com o trabalho”.

Aflito, depois de ter feito várias tentativas de aperfeiçoamento e melhoramento, face às ácidas críticas dos companheiros do Centro, visto que os comentários continuaram cada vez mais ofensivos, resolve procurar o seu Mentor Espiritual, pedindo-lhe amparo e esclarecimentos → Meu Benfeitor, o que façose acham que não presto e a cada dia as críticas aumentam mais?

O Benfeitor: De quem recebeste a tarefa do Bem? Dos homens ou do Senhor?

O Médium chorando: Do Senhor.

O Benfeitor: Levarei ao Senhor a sua indignação e voltarei com uma resposta do nosso Divino Mestre ↔ o Senhor manda lhe dizer que, em te nomeando para colaborar na Obra de Redenção Espiritual dos Homens, assim o fez porque confiava em teu amor para com os teus irmãos, e que por isso mesmo não te solicitou o inventário das queixas que sofreste. Recomendou-te que apenas trabalhasse e servisse a todos sem distinção.

No dia seguinte, após esta comunicação do seu Guia, vendo a Luz surgindo de um novo dia, pensou, meditou e refletiu, sentindo-se imediatamente de posse de estranha força jubilosa ↔ desde então, o Médium Espírita olvidou a si mesmo, e aprendeu com o exemplo do raio de Sol, que a sua força vinha do Senhor, e que a sua felicidade se resumia em servir e servir, trabalhar e trabalhar, dando sempre o melhor de si próprio, para a Obra do Divino Mestre na melhoria e recuperação dos homens, independentemente das opiniões e críticas que estes tivessem do seu trabalho de caráter mediúnico.